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A perigosa proposta que pode aumentar significantemente a produção do Bitcoin tokenizado WBTC

Por Jorge Siufi

O Wrapped Bitcoin (WBTC) foi um dos tokens que mal começou a ser comercializado e já impulsionou o sistema DeFi.

Diferentemente de projetos do Hype das DeFis que distribuíram criptoativos execráveis no mercado, esses Bitcoins tokenizados possuem fundamentos importantes e vieram para ficar.

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Quando passou a ser usado em protocolos de finanças descentralizadas de exchanges centralizadas e descentralizadas (DEXs), o WBTC colateralizou o Bitcoin em 1:1 em valor, deixando-o retido dentro da rede Ethereum como garantia em protocolos DeFis.

Desta forma, cada Bitcoin dentro da rede Ethereum passou a se tornar 2, o original que ficava retido como garantia dentro do contrato inteligente, e o WBTC, um token colateralizado dentro da rede de negociações.

Quando o WBTC foi criado ele entrou no mercado DeFi onde não podia servir como garantia, pois seu fator de garantia era 0%. Mas podia ser emprestado dentro de DEXs como o Maker e o Compound.

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Dentro das plataformas DEXs as principais criptomoedas utilizadas como garantia eram o DAI, ETH e USDC, que já possuíam fator de garantia de 75% do seu valor.

Entretanto, o Bitcoin era a criptomoeda mais utilizada dentro dos protocolos DeFis, e com isso, a rede tinha que manter vários nós e gerenciar diferentes tipos de transações para oferecer suporte a vários ativos digitais, o que era mais complexo e oneroso.

Diante do exposto, para aumentar a liquidez da rede uma proposta autônoma foi colada em discussão para a avaliação da comunidade Compound.

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A proposta era que houvesse uma votação para aumentar o fator de garantia do WBTC de 0% para 65% dentro dos protocolos DeFis, possibilitando assim rentabilidade nos investimentos que utilizam tokens colateralizados como garantia.

Diante da receptividade positiva da comunidade em trazer um fator rentável ao WBTC, já estava certa que a proposta seria feita à governança da blockchain do Compound.

Entretanto, o valor do fator em 65% foi considerado alto, e até para garantir a aprovação da mudança foi lançada uma proposta à governança designando um fator de 40% do valor do WBTC como garantia nos contratos.

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Segundo os autores da proposta, esta mudança não traria nenhuma alteração salvo definir o fator de garantia do WBTC em 40%, e ainda diversificaria melhor as possibilidades de garantia dentro dos protocolos DeFis diminuindo os riscos dentro da plataforma.

Mas havia um outro fator real, previsível e perigoso para a proposta que foi abordado em discussão dentro da comunidade: A cunhagem desenfreada de tokens WBTC.

A este respeito, Sowmay, autônomo da comunidade proponente da atualização do projeto,escreveu no dia da aprovação da mudança:

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A discussão anterior prontamente endossou essa ideia, mas mencionou o risco de grandes quantidades de cunhagem de WBTC

Nós apreciamos esse risco, mas acreditamos que seja muito baixo

Sowmay

Pois bem, no dia 09 de julho deste ano a proposta de alteração da garantia foi lançada e aceita pela Governança do protocolo Compound.

E no dia 14 de julho encerrou-se a votação da Proposta 16, que de forma apertada instituiu a mudança no fator de garantia do WBTC.

Desde então o crescimento do WBTC no mercado disparou. Há 4 dias reportamos que havia pouco mais de 77,5 mil WBTCs em garantia nos protocolos DeFi, sendo que hoje já são 85,4 mil; aumento de 10%.

No mesmo período de 4 dias houve um aumento no número total de Bitcoins tokenizados na rede, subindo de pouco mais de 108 mil para 115,8 mil Bitcoins tokenizados nos protocolos DeFis. Alta de 6,9%.

Isso significa que o volume de WBTC está crescendo mais que o volume total de Bitcoins colateralizados ou tokenizados. No total, existem mais 6 tipos deste tokens.

Agora a proposta é outra. O perfil GetHill anunciou hoje a proposta feita à comunidade e Governança do Compound para que o fator de garantia do WBTC seja aumentado para 60%.

No pedido, GetHill justifica que “de acordo com o site DefiPulse, em 14 de julho havia aproximados US$100 milhões de dólares em WBTC em circulação. Hoje existem aproximados US$900 milhões”.

Disse também que “hoje o WBTC possui uma oferta maior, além de possuir maior liquidez, subindo de US$1,15 milhões de dólar para US$230 milhões após aprovação da proposta 16”.

Justificando que “com esse aumento drástico de liquidez e demanda, faz sentido aumentar o fator de garantia do WBTC”, pontuou que este aumento ainda manteria o WBTC abaixo da porcentagem de garantia do DAI, ETH e USDC (que é de 75%).

Concordamos com os argumentos da proposta 16 de que essa mudança ajudaria a diversificar o conjunto de ativos disponíveis para empréstimos compostos

Agora que o WBTC provou ser um recurso útil no Compound, a aprovação desta proposta seria uma melhoria significativa para o ecossistema do Compound

GetHill

Quanto ao risco do aumento da cunhagem de WBTC, GetHill explicou que “esse risco já existe no Compound, entre USDC e DAI. Dado que a estrutura de incentivos resultou em grandes quantidades de DAI sendo emprestadas na plataforma”.

GetHill disse acreditar “que adicionar mais diversidade ao conjunto de garantias utilizáveis ​​diminuirá em vez de aumentar o risco estrutural para a plataforma”.

Se havia uma preocupação quanto ao aumento da produção de WBTC na rede Compound, esse fato se confirmou. Mas aparentemente isso não foi de todo ruim, e os números mostram isso.

Para os mais céticos e cautelosos, esta nova votação pode não ser uma boa ideia, pois representa a multiplicação dos Bitcoins existentes de certa forma.

Para as exchanges centralizadas e descentralizadas, isso pode trazer muito mais investimentos e o desenvolvimento maciço das finanças descentralizadas.

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Redator da Revista Bitnotícias
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