Bancos Centrais de vários países estão estudando e desenvolvendo suas próprias moedas digitais. Conhecidas como CBDC, essas moedas trazem alguns benefícios das criptomoedas como maior segurança, menor custo devido a sua natureza digital e maior velocidade em transações.
Porém, ao contrário das criptomoedas descentralizadas, as CBDC estarão a mercê das políticas dos Bancos Centrais, como hoje acontece com o dinheiro fiat.
Ao controlarem as políticas bancárias e monetárias, muitas vezes de formas irresponsáveis, os Bancos Centrais exercem forte poder sobre as tendências de curto, médio e longo prazo no mercado da moeda. Por exemplo, ao anunciar um ajuste na taxa de juros ou ao divulgar relatórios sobre inflação, os Bancos Centrais têm significativo controle sobre como os participantes do mercado reagirão ao anúncio, influenciando ações de curto prazo que irão impactar consumidores e empresas também a longo prazo.
Além disso, a centralização do controle de capital e as restrições bancárias afetam diretamente a população, fazendo com que as pessoas tenham menos controle sobre suas economias do que as instituições financeiras. Como está a acontecer no Líbano, onde após uma série de protestos, a Associação de Bancos do Líbano limitou os saques aos correntistas a mil dólares por semana, e limitaram o envio de capital para fora do país
somente em casos de urgência.
O atual cenário financeiro caótico, restrições bancárias e políticas econômicas irresponsáveis em níveis globais, tem feito diversas pessoas ao redor do globo pensarem na criptomoeda não como um problema que deva ser enfrentado, como os governos têm tentado taxar as moedas digitais, mas como um solução para um sociedade que vive refém da má gestão empregada por governos e instituições financeiras.
Tornar-se seu próprio banco através da criptomoeda é um desafio, porém uma atraente opção. Projetos que buscam aumentar a praticidade e usabilidade das criptomoedas, dão liberdade aos usuários para que usem seu dinheiro quando, como e onde quiserem, tornando esses indivíduos emancipados econômicos do falho sistema financeiro vigente.