O governo de Hubei, a província do epicentro do surto de COVID-19 (Coronavírus), anunciou uma nova série de medidas no combate ao vírus. Entre as medidas anunciadas, está o uso de registros de compras online e offline para identificação de possíveis vítimas do vírus.
Como os atuais esforços não têm se mostrados tão efetivos na redução da incidência de contaminados, um novo conjunto de medidas foi adotado. Conforme o anúncio, as farmácias e instituições médicas só poderão vender antitérmicos mediante apresentação de uma documento de identificação válido.
Além disso, desde 20 de janeiro as autoridades chinesas estão realizando uma grande investigação para a identificação de possíveis vítimas. As autoridades estão coletando informações de pessoas que passaram por instituições médicas e chegaram a comprar remédios para febre e tosse nos últimos dias.
Entre as informações coletadas estão hora, nome, número identidade, endereço residencial atual e números de telefone de contato dos pacientes. Embora não tenha sido confirmado, fica claro que as informações foram coletadas através das principais empresas de pagamento do país, a WeChat e Alipay.
Ainda que estas informações estejam sendo usadas no combate do COVID-19, fica evidente a capacidade do governo rastrear o histórico de compras de seus cidadãos. Contudo, esse poder de rastreamento pode ser potencializado com o iminente lançamento do Yuan digital.
Recentemente o PBoC anunciou a injeção de ¥ 1,2 trilhão para mitigar a instabilidade financeira provocada pelo surto de coronavírus no país. O valor investido inicialmente representava o valor de mercado do Bitcoin, cerca de US$ 174 bilhões.