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Buterin aponta áreas de melhoria no protocolo do Ethereum após transição para proof-of-stake

Por Clara Ventura
Foto: Leonardo.ai

Vitalik Buterin, cocriador do Ethereum, compartilhou suas reflexões sobre o protocolo após a transição do mecanismo de consenso proof-of-work para proof-of-stake, que ocorreu há quase dois anos. Em um post em seu site pessoal, Buterin reconheceu que a implementação do proof-of-stake tem apresentado bom desempenho em termos de estabilidade e eficiência. No entanto, ele identificou áreas que ainda podem ser aprimoradas no design técnico da rede.

Um dos principais problemas que Buterin destacou é o tempo de finalização dos blocos, que atualmente leva 15 minutos. Além disso, ele mencionou a exigência de 32 Ethers para se tornar um validador.

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Buterin argumentou que seria ideal que a finalização dos blocos ocorresse em um único slot, reduzindo o tempo de espera para cerca de 12 segundos. Além disso, seria importante permitir validadores com apenas 1 Ether.

Contudo, ele observou que esses objetivos podem entrar em conflito com a meta mais ampla do Ethereum de minimizar a sobrecarga do sistema. Para resolver esses problemas, Buterin sugeriu a implementação de inovações técnicas, como comitês orbitais ou um modelo de staking em duas camadas.

Vitalik Buterin propõe melhorias para o Ethereum

Outro desafio que Buterin mencionou é a previsibilidade do validador que irá propor o próximo bloco, o que pode criar vulnerabilidades de segurança. Ele propõe que a melhor maneira de resolver esse problema de negação de serviço (DoS) é ocultar a informação sobre qual validador irá produzir o próximo bloco até o momento em que ele realmente for gerado.

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A fim de alcançar essa “eleição de líder secreto único”, Buterin explica que os desenvolvedores do Ethereum precisam implementar um protocolo que seja simples e seguro para a mainnet.

Buterin também discutiu a importância de reduzir os tempos de confirmação de transações para cerca de quatro segundos. Essa melhoria poderia oferecer uma experiência de usuário significativamente melhor tanto para a camada 1 quanto para as rollups baseadas na rede, além de tornar os protocolos de finanças descentralizadas (DeFi) mais eficientes.

Adicionalmente, Buterin salientou que mais pesquisas são necessárias para garantir a segurança da rede em casos de um ataque de 51% e para aumentar o limite de quórum. Ele também alertou para a questão da resistência quântica, que pode se tornar relevante em torno de 2030, justificando a necessidade de ser proativo no desenvolvimento de alternativas resistentes a essa nova tecnologia.

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Clara Ventura é uma jornalista com quatro anos de experiência em cobertura de Bitcoin, criptomoedas, tecnologia blockchain e Web3. Graduada em Jornalismo e com pós-graduação em Jornalismo Digital, Clara combina sua paixão pelo mundo das criptomoedas com habilidades jornalísticas para produzir reportagens relevantes para um público amplo e diversificado.
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