Em meados do século XIX o naturalista Charles Robert Darwin (1809-1882) encerrou uma longa viagem de quase 5 anos ao redor do mundo a bordo de uma embarcação à vela (Brigue), o HMS Beagle.
Nesta viagem, Darwin coletou e fez relatos diversos e volumosos sobre várias espécies de animais e plantas.
E em setembro de 1859 na Reunião da Associação Britânica (hoje British Science Association) fora feito o primeiro anúncio da obra “On the Origin of Species by Means of Natural Selection, or the Preservation of Favoured Races in the Struggle for Life (“Da Origem das Espécies por Meio da Seleção Natural, ou a Preservação de Raças Favorecidas na Luta pela Vida”).
Atualmente, este exemplar publicado em novembro de 1859 é conhecido como “A Origem das Espécies”.
Apesar de muitos trabalhos científicos e pesquisadores já terem dado indícios do processo de evolução e seleção natural antes de Darwin, ele é considerado o pai da Teoria da Evolução.
No mesmo século XIX e quase que na mesma época dos achados de Darwin, um padre morávio descrevia as suas experiências com ervilhas e a polonização cruzada de plantas.
Surgia a Lei da Hereditariedade Genética, a Lei de Mendel (Gregor Johann Mendel, 1822-1884).
Se hoje, ambos estes pesquisadores ressuscitassem e caíssem de paraquedas na Terra, eles provavelmente, incrédulos, rasgariam as suas descobertas.
Absolutamente nada contra as mulheres com 400 mililitros de silicone no busto ou homens com útero (transexuais), mas estas características físicas discrepantes das genéticas não seguem em seu todo as brilhantes Leis formuladas por estes pesquisadores.
Digo em seu todo, pois a evolução dos humanos não seguiu a dos demais seres vivos aqui presentes.
As nossas mudanças e adaptações foram muito mais agressivas, e tudo isto é devido à tecnologia (derivada do imenso cérebro que temos). Para os demais seres vivos, o meio molda o ser.
Para nós, homo sapiens, o ser molda o meio!
Quem diria no século XIX que Neil Armstrong pisaria no corpo celeste natural que orbita a Terra mais rapidamente que a carta de Pero Vaz de Caminha cruzaria o Atlântico?
Ninguém!
O fato é que a evolução humana tomou proporções exponenciais com o advento da tecnologia. Esta mesma tecnologia está curvando pessoas que vivem de cabeça e braços baixos manipulando seus smartphones, em certa contraposição aos bípedes eretos pentadáctilos que nos tornamos.
O que diriam os hominídeos?
Hoje o mundo é digital! Estamos passando pela quarta revolução industrial, onde máquinas são imprescindíveis para qualquer um, seja uma revista, seja um xaveco, seja você.
Não sabemos mais viver sem ela!
No meio a este mundo digital, as empresas se tornaram digitais.
Uma das maiores do mundo, a Apple, só trabalha com isso. Hoje você chama uma condução por vias digitais, reserva quartos de hotel, pede a sua janta, entre tantas outras funcionalidades digitais…, entre quase tudo!
E paga por tudo isso de forma digital!
Você já parou para calcular quantos pagamentos ou recebimentos fez através de dinheiro FIAT e quantas vezes fez através de débito ou crédito no seu cartão, ou transferências bancárias?
Estou convicto que uma grande parte da população, a maior parte por sinal, utilizou de uma forma digital para isso.
Mas como o ser humano não para de evoluir (e nem quer fazer isso), a cada momento ele inventa algo novo.
Seja para facilitar e melhorar a vida, seja para se sobressair ao concorrente ou adversário, seja para quebrar paradigmas, seja para o que for, ele criará.
E quem não seguir a sua evolução, simplesmente ficará para trás e será taxado como involuído.
Neste âmbito, o codinome Satoshi Nakamoto se mantém no anonimato.
Talvez ele seja foto fóbico e não curta holofotes!
Um passo histórico da evolução veio deste ser, se posso assim dizer, até sabermos mais ou descobrirmos mais!
Ou até que ele simplesmente apareça, se é que ele existe!
Mas o que Satoshi tem a ver com a evolução e com a digitalização?
Simples!
Assim como Nixon destituiu o ouro, o cypherpunk Satoshi Nakamoto destituirá o dólar!
Assim como o ouro nunca deixará de ser “o” minério, e o dólar não deixará de ser “a” moeda, o Bitcoin não deixará de ser a “R”evolução.
