Vamos pensar essa pandemia pelo lado bom. Explico:
Há tempos é esperada uma pandemia.
Não são poucos os cientistas que já alertam sobre isso. Há mais de 10 anos já falaram, por exemplo, sobre o perigo de comer morcegos, que são reservatórios do coronavírus.
Sendo que essa pandemia tem uma mortalidade muito baixa, então só temos que agradecer. Esse é o lado bom.
Ela está servindo como ensaio para a próxima epidemia que pode ser bem mais mortal.
É bom para os globalistas entenderem que as fronteiras devem ser vigiadas sim.
O principal motivo do Brexit foi esse: controlar quem entra e quem sai do seu país. Estão certos.
Eu acho que quem defende fronteiras abertas, para ser coerente, deveria deixar as portas de suas casas abertas para todos.
Sou completamente a favor da imigração, trocas, misturas, viagens, livre comércio, etc.
Eu mesmo estava com viagem marcada para Portugal. Mas um dia antes da data marcada fecharam as fronteiras. Dei sorte.
Nesse momento eu estaria trancando num apartamento em Portugal, gastando em Euros os Reais que economizei.
Meu plano era ficar um tempo por lá para acompanhar exposições, das quais irei, ou iria, participar, que estavam marcadas para esse ano.
Mas eu não esperava chegar e entrar sem dar satisfações. Entende?
Quando entramos na casa dos outros precisamos mostrar os motivos e pedir licença.
Eu já tinha providenciado: carta convite de um cidadão português, imposto de renda, convite das exposições, cartões de crédito, seguro saúde, certificado de direito à assistência médica e Euros. Tudo isso pra mostrar que estava indo para somar e não para ser um peso extra.
Ainda assim eles podiam não querer minha presença lá.
Se ao menos eu falasse português, eles poderiam ter mais empatia. Brincadeirinha.
É… mas nem tanto.
Tenho falado com brasileiros que voltam de Portugal reclamando que são mal tratados. Falar português brasileiros talvez irrite os portugueses. Não sei.
Estive lá em 2015 e só recebi gentileza. Será que os portugueses são grosseiros ou os Brasileiros que são folgados? Não sei também.
Também tenho falado com brasileiros que estão muito bem por lá.
Mas o problema com esse mundo tão conectado não é só com a imigração. Querem ver um problema sério? Água de lastro.
Navios cargueiros, quando navegam sem carga, enchem seus tanques com água do mar.
Essa água faz peso para o navio ficar mais estável e suas hélices ficarem submersas. Aí quando eles chegam em outro país jogam essa água fora.
E aí está o problema.
Essa água pode conter esgoto, materiais tóxicos, além de espécies animais e vegetais endêmicas.
Espécies endêmicas são um enorme problema. Muitas vezes elas não tem predadores e se proliferam sem parar.
Vejam o caso dos caramujos em Santos.
Essa praga, segundo consta, foi trazida da Africa por alguém que queria comercializar o bicho como alimento. Não dando certo, soltou os caramujos. Deu no que deu. E eles são venenosos.
Temos também o problema com os javalis que destróem fazendas por todo o Brasil. Os exemplos de espécies invasoras são infinitos. E no mundo inteiro.
Precisam ser evitados a todo custo.
Acho que para que nós, humanos, não sermos invasores também, devemos respeitar aquele velho ditado que diz: “quando em Roma, faça como os Romanos”.
Quer mudar para outro país? Aceite a cultura dele ao invés de forçar a sua.
Espero que as pessoas se conscientizem que é preciso respeitar as fronteiras naturais e entender a necessidade das fronteiras artificiais.
Pelo que parece essa pandemia é passageira. Mas e a próxima?
Precisamos fazer a lição de casa.
A questão é que alguns governantes estão no sentido oposto.
Ao invés de entenderem que a saída é a descentralização da liderança, da administração e da produção, eles querem mais centralização.
Na França, por exemplo já querem estatizar as empresas aéreas. Políticos são viciados em poder.
Eu penso que diversificar o transporte seria mais inteligente.
Mais empresas aéreas e não menos.
Mais aeroportos e não menos.
E não só isso.
Mais fábricas pequenas e não poucas fábricas grandes.
Mais energia elétrica descentralizada.
Mais fazendas urbanas espalhadas.
E por último e talvez uma das coisas mais importantes: mais moedas descentralizadas.
Não podemos deixar nossas vidas tão dependentes das decisões tomadas pelo Banco Central Americano.
É preciso parar de usar o dólar como moeda de reservas internacionais e deixar a população livre para usar a moeda que quiser.
Foram moedas criptografadas que salvaram muitos Venezuelanos da miséria extrema. Elas mantinham seu valor enquanto a moeda governamental virava pó.
Precisamos dividir o mundo o mais que pudermos.
O ideal seria Cidades Estado autônomas, com sua própria energia e produção de alimentos.
Muita comunicação, muita troca, mas ao mesmo tempo muita independência e autonomia.
Me parece que só assim o mundo será mais resiliente.
Se um navio for dividido em vários compartimentos estanques, ele continuará flutuando, se apenas poucos compartimentos forem inundado.
Pelo que parece o Titanic não tinha os compartimentos tão independentes.
Nossa próxima pandemia poderá ser financeira. Precisamos nos proteger.
Independência ou morte.
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