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Os Forks e seus Fundamentos

Por Jorge Siufi
Foto: BitNotícias

Você já imaginou a moeda FIAT de um país ser dividida em duas moedas onde uma concorrerá com a outra em aceitação e utilidade pública?

Já imaginou o Sistema permitir que caso uma dessas moedas não tenha boa aceitação ou tiver demais problemas imagináveis ela poderá simplesmente ser extinguida?

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Pois bem, na moeda FIAT os Forks não são normais, mas no mundo das criptomoedas isto é bastante comum!

A grosso modo, um Fork é uma divisão supostamente evolutiva ou uma atualização do protocolo de uma criptomoeda que a segmenta podendo ou não gerar duas moedas.

Quando sim, a criptomoeda já existente permanece igual e a outra passa a seguir um novo protocolo de execução, seja em relação ao código de seu Token, à Blockchain, a processos de segurança, ou a toda vez que for necessário alterar qualquer regra de consenso da sua rede de desenvolvedores.

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Entendamos da seguinte forma. O dinheiro FIAT em papel vem sofrendo evoluções há dezenas de anos para aumentar as suas camadas de segurança e evitar fraudes.

Desta forma, as criptomoedas são estruturas financeiras novas, e terão que passar por esta evolução em segurança de acordo com a necessidade e de acordo com a evolução das técnicas subversivas que hackers ou mineradores utilizam para furtarem moedas.

Além do mais, os próprios desenvolvedores dos protocolos das criptomoedas e seus mineradores eventualmente necessitarão ou buscarão fazer novas atualizações no protocolo ou na blockchain de uma criptomoeda ou dar a elas novas funcionalidades.

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À medida que esta decisão for acordada por uma parte significativa destes “personagens”, um Fork poderá ser inserido à uma criptomoeda.

Trataremos mais a respeito deste processo, pois há demais fatores e riscos que envolvem a realização destes Forks para a comunidade específica de cada criptomoeda.

Por fim e de suma importância, o dinheiro em papel pode ser falsificado. De certa forma, as criptomoedas, não!

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Como as criptomoedas e as suas transações ficam registradas e expostas em livros públicos de registros, caso sejam percebidas produções fraudulentas devido a violações de segurança, a própria comunidade daquela criptomoeda poderia fazer um pequeno Fork em nodes específicos da blockchain, proclamando os inexistentes.

E no geral, para que esse conjunto de alterações possa ser realizado criaram-se dois tipos de Forks: os Hard Forks que geram duas moedas, conforme comentado acima, e os Soft Forks, onde um protocolo é instinto e uma nova criptomoeda é criada.

Assim interpretando, os Hard Forks formam duas blockchains separadas, enquanto os Soft Forks há a existência de apenas uma blockchain!

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Independente de qual forma de Fork poderá ocorrer numa criptomoeda, há a necessidade de um consenso entre os seus desenvolvedores para que ele ocorra.

Assim como você pode criar uma nova criptomoeda, você também pode fazer um Fork em uma criptomoeda caso você seja um de seus desenvolvedores ou minerador, e tenha as habilidades necessárias para isso.

Mas, apesar disto, a sua criptomoeda apenas prosperará se houver o consenso dos demais desenvolvedores e usuários em utilizá-la, caso contrário se tornará apenas mais uma sheetcoin ou deadcoin!

Além do mais, a sua criptomoeda deverá ter um propósito válido, também carteiras deverão ser criadas para a usabilidade da sua criptomoeda, e uma Exchange precisará lista-la para transações.

Como criar uma nova criptomoeda não é para qualquer um, antes de se realizar um Hard Fork a sua comunidade deve se lembrar que uma blockchain pode ser dominante à outra, resultando em perdas significativas para aquela que não tiver a aceitação dos mineradores e usuários, e até a sua extinção.

Mas por outro lado ambas podem ter boa aceitação e se desenvolverem em cada comunidade criada.

Assim, um cenário básico se forma ao ocorrer um Hard Fork.

Os seus desenvolvedores a partir da blockchain que ocorrerá o Fork precisarão atualizar seu sistema e adotarem um novo código após o Fork, ou aqueles que não entrarem no consenso mantêm o protocolo antigo e continuarão no mesmo ponto do Fork da blockchain.

Normalmente, um Soft Fork implementa uma nova regra à blockchain ou as torna mais restritas.

Quem decide por esta implementação são os mineradores.

Os Nodes completos que não são atualizados na blockchain ainda reconhecerão novos blocos como válidos.

Entretanto um node completo que não é atualizado pode interpretar erroneamente algumas transações, pois estas farão parte de uma nova regra.

Já em um Hard Fork, há a remoção ou o relaxamento de alguma regra de consenso.

Desta forma, a construção de novos blocos rejeitará qualquer novo bloco que não tiver a sua regra atualizada.

Assim, passam-se a ter dois protocolos distintos, com duas cadeias distintas. Estas não se comunicarão mais, nem realizarão transações entre si.

O Bitcoin já passou por vários Forks, sendo inserido protocolos como por exemplo, a limitação do tamanho dos blocos para 1MB, a limitação quanto ao volume de transação, não permitindo mais que transações maciças de Bitcoins fossem realizadas, limitando-as ao valor de 21 milhões de Bitcoins, que será o seu maior “circulating supply”.

Dos vários Forks que ocorreram no Bitcoin, alguns se tornaram notáveis, como o Bitcoin Cash, o que induziu a realização de novos Forks aos quais citarei uma grande parte das diversas criptomoedas que surgiram derivadas do Bitcoin. São elas:

Classic, Gold, Cash, SV, Cash Plus, Lite, Silver, Uranium, Diamond, Rhodium, Atom, Private, God, Platinum, Ore, Super, Hush, Interest, Lunar, Smarts, Hot, Word, Faith, File, Segwit2x, Faith, BitEthereum, Bitvote, Bitcoinclean, OilBitcoin, BitcoinXT, ABitcoin, e por fim, até o Bitcoin Pizza, foi criado.

Atualmente existem páginas na Web onde podemos nos informar a respeito de futuros Forks em criptomoedas, uma vez que quando isto ocorre, nem sempre as Exchanges dão suporte ou acolhem estas novas moedas digitais, e assim temos que nos precaver diante das criptomoedas que temos até o Fork.

Utilizando os mecanismos de buscas, estas páginas trarão uma listagem dos eventos futuros anunciados pelas criptomoedas, e ao procurarmos por “Forks”, estes serão assim listados (https://coinmarketcal.com/en/ ; https://coindar.org/ ).

Enfim, apesar de normalmente os Forks representarem uma evolução para uma criptomoeda, nem sempre este processo é saudável ao mundo das criptomoedas, em geral.

Exemplos que vivenciamos no momento são os garfos das duas principais criptomoedas existem. No Bitcoin, o Bitcoin Cash se manteve (ABC) e foi formado também o SV. Já no caso da Ethereum, temos o Fork Constantinople.

E assim vamos caminhando rumo à evolução das criptomoedas, e os Forks sempre farão parte desta história.

Um grande abraço e até a próxima, meus caros.

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Redator da Revista Bitnotícias
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