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Satoshi Nakamoto – O Criador do Bitcoin

Por Jorge Siufi
O Super Satoshi. Fonte: Pixabay

Atualmente existem milhares de moedas digitais no planeta.

Basta-se pesquisar na internet que todas elas aparecerão. Através de seu nome ou sigla você conseguirá acessar a página da Web de cada uma destas criptomoedas.

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Dentre todas elas, visitar a página de um tal BTC causa sensações inimagináveis.

Se você é um amante de criptomoedas, certamente nenhuma página lhe causará tantas sensações e emoções como esta. Trata-se do Bitcoin.

Figura 1. Página da Web do Bitcoin (https://bitcoin.org/en/)

Entretanto, num mundo lotado de pessoas querendo sucesso, fama, e aparecer, uma ou várias pessoas estão à frente da criação da maior moeda digital que existe. Mais intrigante, é que por trás de um nome ou codinome, ele(s) ou ela(s) não almeja(m) nada disso.

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Quem é Satoshi Nakamoto?

OS TRÊS MOSQUETEIROS

Em 2008, mais exatamente no dia 18 de agosto, o domínio Bitcoin.org foi registrado no site anonymousspeech.org.

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Praticamente 74 dias depois o White Paper “Bitcoin: A Peer-to-Peer Electronic Cash System” foi publicado pelo autor Satoshi Nakamoto, e desde então um enorme mistério paira sobre a moeda digital que viria a se tornar a possível revolução financeira do século 21.

Diante da anonimidade de Satoshi, até hoje as especulações sobre quem seria a pessoa por trás da criação desta moeda criptografada intriga a todos.

Dentre estas especulações, alguns fatos listam três pessoas como criadoras do Bitcoin. No dia 15 de agosto de 2008, portanto três dias antes da criação da página do Bitcoin, a patente de número #20100042841 foi requerida pelos desenvolvedores de criptografia Neal King, Vladimir Oksman e Charles Bry.

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Quando publicada (US2010/0042841 A1), em 18 de fevereiro de 2010, nos Estados Unidos, esta apresentava um sistema e método para fornecer “comunicações” seguras.

De fato, estava sendo criado um sistema de segredo compartilhado onde duas chaves eram geradas: A chave “Utilizada” (usada para criptografar mensagens); e a chave “Armazenada” (utilizada como método de segurança que geraria ou distribuiria um novo segredo compartilhado).

A cada segredo compartilhado de forma cíclica, uma nova chave Utilizada e uma nova chave Armazenada seriam criadas.

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Parece um tanto quanto complexo, mas basicamente este é o protocolo por trás do Bitcoin.

Um outro fato semelhante que liga estes três criptógrafos é que tanto em sua patente *(A), quanto no White Paper de Satoshi *(B) há a mesma expressão, apresentada aqui em itálico. Assim segue:

*(A) Citado na página 1 – Introduction: “Transactions that are computationally impractical to reverse would protect sellers from fraud…”.

Figura 2. White Paper do Bitcoin (https://bitcoin.org/bitcoin.pdf).

*(B) Citado na página 3 – Detailed Description of Illustrative Embodiments: The two functions may be, for example, two independent cryptographic hash functions, the outputs of which are fixed-size Strings that are computationally impractical to reverse-map.

Figura 3. Publicação de Patente. King N., et. al. (2010) https://patentimages.storage.googleapis.com/25/5e/71/0afa42f536496a/US20100042841A1.pdf

Mais um fato intrigante é que a página do Bitcoin foi registrada em um provedor finlandês, em Helsing. Apesar de nenhum dos três supostos inventores serem naturais ou residirem lá, Charles Bry havia visitado o país em 2007.

Apesar destas supostas coincidências ou fatos relevantes, o escritor Adam L. Penenberg, da Fast Company (https://www.fastcompany.com/), relata que em sua busca pelo real Satoshi Nakamoto entrou em contato com Neal, Vladimir, e Charles, e quando indagados se estes haviam criado o Bitcoin, estes assim se expressaram:

Vladimir não foi prolixo: “Pessoa errada”!

Já Charles foi mais discreto: “Espero não desapontá-lo muito dizendo que não sou Satoshi Nakamoto. Sequer estou associado a ele ou ao Bitcoin de qualquer forma. Acredito que posso afirmar com absoluta certeza o mesmo dos outros co-autores das nossas patentes de criptografia”.

Por fim, Neal foi mais específico em sua resposta alienando o seu pedido de patente ao projeto do Bitcoin, expressando diversas diferenças entre eles.

Também sugeriu meras coincidências e que nunca havia ouvido falar do Bitcoin até ter surgido tal questão! Menos elementar, ainda fez certa crítica ao se informar sobre o Bitcoin. Assim disse: “Não é uma boa ideia.

O algoritmo de Nakamoto é uma solução em busca de um problema. Enquanto as pessoas quiserem jogar o jogo, elas podem fingir que um Bitcoin tem valor, mas se alguém se recusar a aceitá-lo, você não poderá fazê-lo; e seria seriamente insensato para ele aceitar isso.

Se o governo dos EUA perder a capacidade de impor a obrigação de pagamento a uma pessoa, uma nota de US$ 1 dólar também não terá valor além do papel”.

Portanto, todos os três negaram serem os criadores do Bitcoin. Mas conforme comentou Penenberg, era estranho um criptógrafo nunca ter ouvido falar do Bitcoin.

*Pois é, que pena!

PROFESSOR XAVIER

Figura 4. Harold Thomas Finney

Harold Thomas Finney foi uma das primeiras pessoas a enviar relatórios e aperfeiçoar a plataforma do Bitcoin. Apesar de negar ser Satoshi, formas de escrita comparadas entre ambos apontava-o como o provável desenvolvedor do Bitcoin.

Finney era um “cypherpunk”! Ele foi o criador do primeiro software de troca de e-mails criptografados que trocaria mensagens sem a identificação de remetentes.

Finney faleceu em 2014 após adquirir a doença ELA (Esclerose Lateral Amiotrófica).

Seu corpo foi criocongelado pela empresa Alcor, para que no futuro, caso isso seja possível, possa ser descongelado e ressuscitado. Apesar de demais fatos intrínsecos, Finney provavelmente não é Satoshi.

*Fique em paz e espero que voltes logo, meu caro Finney!

THOR

Figura 5. Nick Szabo

Um dos primeiros desenvolvedores do projeto Bitcoin foi Nick Szabo. Ele também é o mentalizador e desenvolvedor do Bit Gold, um mecanismo descentralizado precursor das moedas digitais. A Szabo é creditada a criação da terminologia “smart contracts” ou contratos inteligentes.

Ressalta-se que atualmente um dos meios mais acirrados e utilizados para se tentar provar quem é Satoshi vem da sua forma de escrita.

Normalmente quem busca descobrir quem é Satoshi coloca uma pessoa em hipótese e tenta associar palavras escritas por este às mais de 80 mil palavras redigidas por Satoshi em todas as suas publicações encontradas, sejam elas em fóruns virtuais ou em seu White Paper sobre o Bitcoin.

Neste contexto, quem mais se assemelha ao pai do Bitcoin é Nick Szabo. Através de pesquisas de análises textuais, Szabo é o que mais se pareia a Satoshi. Apesar de Szabo não atribuir a si a paternidade do Bitcoin, negando-a por diversas vezes, dezenas de frases peculiares a si, que também foram redigidas no White Paper do Bitcoin ligaram-no a esta hipótese.

Por fim, para cravar a possibilidade, analise o nome de Szabo: Nicholas Szabo.

Seu primeiro nome, de trás para frente é Salochi N.

Mera coincidência?

*Então…, será Szabo? Tenho minhas dúvidas!

OS SUPER AMIGOS

Figura 6. Wei Dai e Adam Back

A ideia das criptomoedas não surgiu com o Bitcoin em 2008-2009. Os “cypherpunks” já trabalhavam esta ideia há uma década. Em 1998, o engenheiro da computação criador da B-Money e das tecnologias Cryoto++ e VMAC, Wei Dai, já trabalhava com criptografia, trabalho este desenvolvido desde quando era membro da Microsoft.

No mesmo ano, Dai criou a B-Modey, o primeiro sistema de trocas financeiras de forma anônima, não rastreável, e sem a intermediação de terceiros. Dai, junto com Adam Back e Finney, foram uns dos primeiros a trabalhar com o projeto Bitcoin.

Eles apresentaram a Satoshi os possíveis “bugs” no sistema Blockchain da criptomoeda, e também aprimoraram a criação de Dai que possibilitou a existência do Bitcoin. Assim Cito:

As transações com assinaturas digitais; o sistema de prova de trabalho ou “Proof of Work”; a remuneração por mineração; a atualização do “ledger book”, o livro coletivo auditável pela comunidade cripto; e a autenticação por HASH criptográfico.

Humildemente, Dai escreveu para o codinome Clippy no fórum Lesswrong.com em uma postagem intitulada: “Making Money with Bitcoin?”, quando indagado por este se ele poderia “ajudar a mudar a regra do Bitcoin”. Dai respondeu:

“Oi, Clippy, o que te fez pensar que eu poderia ser capaz? Se você ler o artigo da Wikipedia, você deve saber que eu não criei o Bitcoin, mas apenas descrevi uma ideia semelhante há mais de uma década.

E meu entendimento é que o criador do Bitcoin, que atende pelo nome de Satoshi Nakamoto, nem leu meu artigo antes de reinventar a ideia. Ele aprendeu sobre isso depois e me creditou em seu papel. Então minha conexão com o projeto é bastante limitada. (https://www.lesswrong.com/posts/ijr8rsyvJci2edxot/making-money-with-bitcoin#hbEu9ue9eymNzaF2J).

*Mais alguém aí, além de Dai, acredita que Satoshi não leu o referido artigo?

O GAROTO PRODÍGIO

Figura 7. Michael Clear. Trinity College Undergraduate Award winners.

O escritor Joshua Davis do “The New Yorker” é um dos entusiastas em identificar Satoshi Nakamoto. Ele hipotetizou duas possíveis pessoas. Primeiramente, o irlandês Michael Clear, à época um jovem graduando em criptografia que amava a tecnologia “peer-to-peer”.

Davis premeditou um encontro entre ambos, e ao abordá-lo na conferência de criptografia Crypto 2011, na Califórnia, fez a seguinte pergunta a Clear:

“Você é Satoshi?”.

Relata Davis que após uma risada de Clear houve um “silêncio constrangedor”.

Na ocasião, Clear se propôs a ajudar Davis a encontrar Satoshi. Após analisar todas as possibilidades e tecer uma longa análise sobre o Bitcoin a Davis, sugeriu a ele que procurasse um outro criptógrafo. Seu nome: Vili Lehdonvirta.

Lehdonvirta era um programador de jogos eletrônicos e estudava moedas virtuais. Ao ser contatado pelo escritor do jornal “The New Yorker”, Lehdonvirta negou a associação avidamente, debatendo diversos argumentos.

Ao relatar a Clear a resposta de Lehdonvirta, Davis, ainda não convicto com o silêncio de Clear, novamente tentou especular se ele realmente não era o Sr. Satoshi Nakamoto, e desta vez obteve uma resposta:

“Eu não sou Satoshi, mas mesmo se eu fosse, eu não diria a você!”.

Clear ainda deu um contexto magnífico ao Bitcoin dizendo a celebre frase a qual ofusca a importância de Satoshi, mas ascende a do Bitcoin:

“O ponto é que a identidade de Nakamoto não deveria importar. A moeda é tanto real quanto elusiva, exatamente como seu fundador. Você não pode matá-lo. O Bitcoin sobreviveria a um ataque nuclear”.

Magnífico!

Como restou uma certa dúvida na frase “mas se eu fosse” dita por Clear, tempos depois da publicação de Davis, o jornal “Irish Central” o entrevistou, e novamente veio a seguinte negativa de Clear: “Estava faltando meu senso de humor quando eu disse mesmo se eu fosse, eu não diria. Isto foi dito brincando.

Acho engraçado que o jornalista do The New Yorker achou que eu era Satoshi, mas eu sempre nego veementemente. Eu nunca poderia me permitir, nem remotamente, crédito pela criatividade e pelo trabalho árduo de outra pessoa”.

*Muito bem, garoto prodígio!

MESTRE SPLINTER

Figura 8. Dorian Prentice Satoshi Nakamoto

Ao pesquisar um banco de dados de imigrantes americanos, a repórter do jornal Newsweek, Leah M. Goodman, encontrou um Satoshi Nakamoto real. Instigada e decidida a revelar que havia encontrado o verdadeiro criador do Bitcoin, esta buscou meios de conversar com Satoshi, iniciando conversas através de emails.

As conversas foram indo bem até que, no final de fevereiro de 2014, a repórter lhe indagou a respeito do Bitcoin. Depois disto, Satoshi nunca mais respondeu um email e não atendeu as ligações telefônicas.

Para Leah, havia ficado claro ali que havia encontrado o verdadeiro Satoshi Nakamoto. De fato, segundo o jornal, após se graduar em Física Satoshi mudou seu nome para Dorian Prentice Satoshi Nakamoto.

Devido ao seu perfil pessoal intrínseco e demais fatos sociais, Leah foi atrás de Dorian no sul da Califórnia, mas este não a atendeu. Incomodado com a sua presença, Dorian chamou a polícia, e naquela ocasião, Leah conseguiu contato direto com ele.

Ao desmembrar o imbróglio causado na presença dos policiais, apesar do breve contato, Leah conseguiu extrair algumas respostas do então senhor Dorian P. S. Nakamoto, um imigrante japonês nascido em 1949 que viria para os EUA aos 10 anos de idade acompanhado de sua mãe, de seus dois irmãos e de seu padrasto.

Ao perguntar sobre o Bitcoin, as duas respostas dada por ele fez a repórter Leah realmente acreditar que todo levantamento feito em torno de Dorian a levara ao criador do Bitcoin, o que a levou a escrever a reportagem “The Face Behind Bitcoin”, publicada em março de 2014 no Newsweek.

Este disse: “Eu não estou mais envolvido nisso e não posso discutir isso”. Em seguida acrescentou: “Foi entregue a outras pessoas. Eles estão encarregados disso agora. Eu não tenho mais nenhuma conexão”. (https://www.newsweek.com/2014/03/14/face-behind-bitcoin-247957.html).

Esta havia sido a primeira negativa de Dorian Nakamoto, mas o fato da publicação da reportagem no jornal tê-lo dado notoriedade, este teve que a fazer mais uma vez.

Através de seu advogado, Ethan Kirschner, Dorian enviou uma carta ao então colunista da revista Reuters, Felix Salmon, que a publicou prontamente em seu Twitter (https://twitter.com/felixsalmon/status/445431615997501440).

Na carta, além de dizer que a “fake News” estava atrapalhando a sua vida, este disse que só havia conhecido o Bitcoin naquele ano, 2014, após a publicação do NewsWeek.

De vida nada extravagante e na quietude, existe sim um Satoshi Nakamoto, mas se este é Dorian ou não, apenas algo tão extravagante quanto ele trará isto à tona. O fato é que como até hoje as primeiras chaves do Bitcoin nunca foram “tocadas” ou transacionadas, nada impede que este senhor nipo-americano de classe média baixa seja realmente o pai do Bitcoin.

*Mas haja humildade se for!

O CORINGA

Figura 9. Craig Steven Wright

Antes que você se indague ou me indague o que um vilão está fazendo na lista de super-heróis, lembro que não apenas o bem tem seus heróis!

Satoshi possui um perfil na P2P Foundation que raramente apresenta publicações. A última, publicada em novembro de 2018 trouxe a palavra “nour”, e também adicionou um brasileiro aos “amigos”. Trata-se de Wagner Tamanaha. A palavra “nour” é desconhecida, mas associada à grafia árabe, indica o nome “Luz”.

Como a conta de Satoshi já havia sido “hackeada”, especulou-se que poderia ter sido um hacker quem postou a mensagem. Mais intrigante foi ter adicionado um brasileiro à sua conta.

Menos intrigante ou consternante foi o senhor Craig S. Wright ter postado horas mais tarde em seu perfil na mesma P2P Foundation uma publicação em árabe.

Wright, também conhecido como “fake Satoshi”, é um empresário australiano de sucesso, mas investigado pela polícia federal de seu país. Ele é fundador da empresa de criptomoedas DeMorgan. Wright teve a sua reputação dilacerada após se intitular Satoshi Nakamoto.

Conforme publicado pela a agência Reuters, Wright possui mais de 60 solicitações de patentes sobre blockchains e criptomoedas, e tenta de forma ávida patentear o Bitcoin.

Tal vontade é um tanto quanto arbitrária à centralização de poder de Satoshi, do Bitcoin e das criptos, o transformando em piada.

Mas tem um porém. Em 2016 a BBC e The Economist publicaram artigos apresentando provas contundentes que Wright é o pai do Bitcoin.

Segundo os jornais, Wright havia assinado mensagens utilizando chaves criptográficas mineradas por Satoshi. Tratam-se dos blocos 1 e 9 do Bitcoin, utilizados por Satoshi para fazer a primeira transferência de Bitcoin, designada a Hal Finney.

Depois disto, Wright anunciou que não apresentaria mais provas de que ele é Satoshi.

*Então tá, Wright! Faça-nos este favor…, (W)right?!

A LIGA DA “IN”JUSTIÇA

Conforme pontuado por um dos maiores especialistas do mundo em segurança digital, Dam Kaminsky, o criador do Bitcoin seria uma única pessoa ou um grupo delas. Assim disse Kaminsky: “ele entende sobre economia, criptografia e rede peer-to-peer. Ou há uma equipe de pessoas que trabalhou nisso ou esse cara é um gênio”.

Não por menos, várias outras pessoas foram listadas como sendo o possível Satoshi Nakamoto. Em todas estas ocasiões, ou a indicado negou este fato ou o indicante se retratou quanto à hipótese. São os casos de:

Em 2013, o filósofo, socialista e pioneiro em informações tecnológicas Theodor Holm “Ted” Nelson atribuiu ao japonês Schinichi Mochizuki a personalidade de Satoshi Nakamoto. Schinichi é um matemático que contribuiu avidamente para a Teoria matemática da Geometria Anabeliana, mas negou tal afirmação feita em matéria ao jornal The Age, sem justificar nada além disso. *Nada a ver!

Também em 2013 dois matemáticos israelitas, Dorit Ron e Adi Shamir, publicaram um artigo que relacionou e associou Ross William Ulbricht, um contraventor das redes sociais, como este sendo nada menos que Satoshi Nakamoto, devido à natureza das transações de Bitcoin.

Hoje Ulbricht está preso, e os israelitas Ron e Shamir já retrataram a sua reivindicação. *É o famoso “tiro no pé” que não dá cadeia.

Podemos elencar também Dave Claim, citado por Craig Wright como criador do Bitcoin junto a ele. Em 2015 e em 2016, os jornais “on line” Gizmodo e The Economist, respectivamente, associaram Claim como sendo o provável Satoshi Nakamoto.

Ademais, em 2018 o irmão de Claim acionou judicialmente o “fake Satoshi” Wright por apoderar-se exclusivamente das propriedades intelectuais da criação do Bitcoin. *E tome mais problemas, senhor “fake Satoshi Wright”! 

Por fim, em 2017, um estagiário da plataforma SpaceX instituiu em um artigo a possibilidade de Elon Musk, CEO da SpaceX e da Tesla, ser Satoshi Nakamoto.

Isto foi baseado no histórico de publicações de White Papers por Musk, e também pela sua habilidade em produzir softwares digitais. Mas Musk publicou em seu Twitter uma negação quanto a esta afirmação. *Sem ofensas…, mas tinha que ser um estagiário!

Uma vez compilados e apresentados todos os possíveis super-heróis da criação do Bitcoin, a nós, seres mortais, restam três possibilidades:

1 – Aguardarmos que alguém apresente provas contundentes sobre outro alguém, que fundamentem ser este o Sr. Satoshi Nakamoto.

2 – Aguardarmos que alguém traga à tona provas pessoais, circunstanciais e fundamentadas, que comprovem ser o verdadeiro Sr. Satoshi Nakamoto.

3 – Elencarmos um destes senhores heróis supracitados em nossa imaginação e imortaliza-lo.

Quanto ao Sr. Satoshi Nakamoto, apenas nos resta aguardar esperançosamente a realidade. Quanto ao Bitcoin, este já é uma realidade.

Um grande abraço, meus caros, e até a próxima.

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Redator da Revista Bitnotícias
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