Brasil foi grande destaque no Plan B, em El Salvador

Foto: Dall-e 3

Em sua primeira edição no país salvadorenho, o Plan B, ganhou destaque pela estrutura, pela grande quantidade de peers e empresas brasileiras. Entre elas, a SmartPay, fundada por Rocelo Lopes, que reforçou sua visão otimista sobre o país como um futuro pólo financeiro na América Latina.

“A qualidade do conteúdo e a maneira como o evento foi organizado em El Salvador realmente me surpreenderam. O país, apesar de sua infraestrutura limitada, conseguiu oferecer uma experiência superior em termos de conteúdo e organização, comparável aos melhores eventos internacionais”, afirmou Lopes.

Ele acredita que El Salvador se consolidará como a capital financeira do continente americano, tanto no setor tradicional quanto no digital, e isso, ainda, nos próximos dez anos.

“A entrada da Tether no mercado salvadorenho facilita esse processo, pois a população já está familiarizada com o dólar. Como o USDT é uma stablecoin pareada ao dólar, a transição se torna mais natural e compreensível para os cidadãos”, disse.

Incentivos fiscais e infraestrutura econômica são a marca do Plan B e atraem empresas internacionais

Imagem: Bitnoticias

Outro ponto positivo, segundo Lopes, são os incentivos fiscais oferecidos pelo governo salvadorenho. Empresas que se estabelecem no país podem ter até 15 anos de isenção de impostos. De acordo com Lopes, “isso atrai startups e negócios internacionais, criando um ambiente altamente favorável para investimentos”. Além disso, empresas que operam globalmente e geram receita fora do país também desfrutam de zero tributação, o que é um grande diferencial competitivo.

“No fim das contas, El Salvador está fazendo a lição de casa e promovendo um ambiente econômico mais atrativo sem impactar negativamente a estrutura atual. As mudanças não afetam a estabilidade do país, apenas tornam o cenário mais favorável para investidores e empreendedores”, destacou.

Lopes também abordou a resiliência da estratégia do presidente Nayib Bukele, afirmando que, independentemente da continuidade de sua administração, a visão de transformar El Salvador em um centro financeiro está, sobretudo, bem estabelecida. “Os jovens deputados e senadores que estão se preparando para as futuras lideranças têm uma mentalidade inovadora, o que garante a continuidade dessa transformação”, afirma.

Além de sua análise sobre o ambiente cripto em El Salvador, Lopes compartilhou as novidades da SmartPay para 2025. A empresa está desenvolvendo uma tecnologia inovadora que permitirá aos bancos brasileiros oferecer o USDT como uma conta global, garantindo a privacidade nas transações. A solução de on-off Ramp com USDT usa uma layer 2 do Bitcoin, a Liquid, para garantir privacidade nas transações, tal qual o Banco Central vem estudando dentro do Drex. Dessa forma, os usuários poderão transferir USDT sem expor seus endereços, respeitando as regulamentações que ainda não foram formalmente estabelecidas.

“Isso significa que o usuário A ao enviar uma transação ao usuário B, um não consegue visualizar o saldo do outro. As operações são 100% privadas, garantindo inclusive tudo aquilo que o BC está trabalhando nos testes com o Drex”, destacou.

A nossa tecnologia não só assegura a privacidade do usuário, mas também atende às exigências de regulamentação, como o Travel Rule e o MICA”.

Expansão da SmartPay no Brasil com foco na digitalização financeira

Cerca de quatro instituições financeiras já estão em contato com a empresa. O contato, segundo Lopes, visa integrar soluções com USDT, assim como a JAN3, do empresário canadense Samson Mow. O empresário irá disponibilizar a carteira ACQUA para o Brasil com integração via Pix. Tudo isso para garantir que o USDT seja amplamente acessível no Brasil, proporcionando liquidez e simplificando a integração entre as finanças tradicionais e o mercado cripto.

O CEO enfatizou que o movimento em direção à digitalização da economia é inevitável e que as instituições financeiras e reguladores estão se preparando para essa transição.

“Estamos em contato com diversas fintechs e instituições financeiras para integrar essa solução, e nossa parceria com a Tether e a Blockstream nos posiciona na vanguarda dessa inovação”, disse Lopes.

Rocelo Lopes destacou, ainda, que muitas instituições e reguladores também estão procurando a empresa para entender como integrar as finanças tradicionais com o mercado cripto. Além disso, buscam saber como participar e impulsionar a digitalização da economia.

“Recentemente recebemos convites de reguladores da Argentina, Bolívia e também temos conversas com o Banco Central do Brasil. Este é um movimento inevitável e os reguladores já entenderam isso. assim como as principais empresas, então já não é mais uma questão de Se e nem de Quando, mas de quem estará mais preparado para dominar o mercado. Estamos prontos para liderar essa integração e garantir que as fintechs possam oferecer soluções em dólar digital de forma segura e regulamentada. O Brasil é o maior mercado da América Latina e a SmartPay está comprometida em impulsionar essa transformação”, disse Lopes.

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