E eis que o mercado criptográfico derreteu nesta terça-feira (13).
Não foi efeito pré-The Merge, e nem foi antecipação à possível próxima alta dos juros pelo FED norte-americano.
Índice de Preço ao Consumidor (CPI)
As autoridades norte-americanas divulgaram o novo Índice de Preços ao Consumidor (CPI) e o mercado reagiu muito mal à inflação maior do que a esperada.
Em consequência dos números da inflação no índice de preços que ao invés de retrocederem -0,1% aumentaram +0,1 no mês, os mercados de renda variável desabaram.
Nos mercados tradicionais a queda veio forte, com as principais empresas do mundo caindo em torno de -3% a -6%.
No mercado criptográfico não foi diferente, e no momento desta redação a sua capitalização total “perdia” cerca de US$ 80 bilhões no diário, voltando abaixo da linha do US$ 1 trilhão.
Dentre as top 10 do mercado cripto o bitcoin (BTC) registrava queda de cerca de -9,3% durante o momento desta redação, só não caindo mais que solana (SOL), -9,7%.
As criptomoedas que menos caíam eram BNB (-5%) e XRP (-5,3%).
Até o ether (ETH), em toda a sua expectativa para o The Merge, estava apresentando forte queda em torno de -7,1%.
Com a não desaceleração da inflação no mês de agosto, os analistas esperam um cenário ainda mais conturbado para a economia global por entenderem que as medidas governamentais tomadas até o momento para o recuo da inflação não estão surtindo o efeito esperado.
Em dados anualizados, a inflação norte-americana continua altíssima, em +8,3%.
Os mercados econômicos mundiais esperavam uma inflação anual de até +8,1% para setembro, mas conforme comentado a queda não veio.
Agora fica a reflexão de quais serão os próximos passos do FED para apertar a política monetária.
Também remanescem as questões da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, além dos problemas climáticos e energéticos nos Estados Unidos e principalmente Europa, e a forte recessão global que se encaminha.
É normal que com esse pessimismo do mercado o dinheiro flua dos mercados de risco para os mercados mais seguros, como o dólar ou algumas moedas FIAT, algumas commodities, e Títulos governamentais.
E com tudo isso o inverno cripto se estende, apesar do investimento institucional continuar entrando em diversos setores econômicos do mercado de criptoativos.