Stablecoins devem impulsionar o câmbio e os pagamentos B2B no Brasil em 2025

Stablecoins devem impulsionar o câmbio e os pagamentos B2B no Brasil em 2025
  • Stablecoins ganham força no câmbio entre Brasil e Argentina
  • Empresas adotam cripto para evitar custos e volatilidade
  • Blockchain Conference Brasil debaterá futuro dos pagamentos digitais
As stablecoins estão assumindo um papel estratégico em operações de câmbio e pagamentos B2B em toda a América Latina, e o Brasil está na linha de frente desse movimento. Com a crescente adoção de ativos como USDT, empresas realizam pagamentos internacionais de forma mais rápida, segura e com custos reduzidos, especialmente em transações com mercados que enfrentam alta volatilidade e restrições cambiais, como a Argentina.

Relatórios da Chainalysis e da Circle indicam que o uso de stablecoins em transações B2B e remessas deve crescer de forma significativa em 2025, consolidando os ativos como infraestrutura de pagamento no mercado global. No comércio exterior entre Brasil e Argentina, a inflação acima de 200% e os controles cambiais rigorosos ampliam o interesse de empresas pelas stablecoins para evitar burocracias e garantir previsibilidade de caixa.

A recente escalada das tensões comerciais com os Estados Unidos, impulsionada pelo “tarifaço” anunciado pelo presidente Donald Trump sobre produtos importados, incluindo commodities brasileiras, acendeu um alerta em exportadores e importadores sobre o risco de volatilidade cambial e aumento de custos em operações internacionais. Com a possibilidade de novos impostos e sanções comerciais, empresas brasileiras buscam alternativas para proteger margens e manter competitividade em meio ao cenário de incertezas.

“Com o aumento das tensões globais, as stablecoins surgem como ferramenta essencial para empresas que desejam evitar custos adicionais e manter previsibilidade no fluxo de caixa, mesmo diante de oscilações no dólar”, explica Rocelo Lopes, CEO da SmartPay, empresa catarinense especializada em soluções financeiras digitais com blockchain.

O futuro do câmbio

A SmartPay tem observado um aumento expressivo na demanda de empresas por soluções de câmbio e pagamentos internacionais via stablecoins por meio de sua API Swapx e da carteira Truther, ambas integradas ao Pix e ao sistema bancário brasileiro. “Essa tecnologia permite que as empresas mantenham controle total de seus fundos, façam conversões instantâneas entre reais e stablecoins e realizem pagamentos internacionais sem burocracia, mantendo rastreabilidade e segurança”, destaca Rocelo.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Com o avanço do Drex e a evolução das diretrizes do Banco Central em relação a ativos virtuais, o Brasil se posiciona para liderar a integração entre criptoativos e o sistema financeiro tradicional. Para as empresas, isso representa a oportunidade de competir globalmente com mais eficiência e resiliência em cenários de instabilidade geopolítica, transformando as operações de comércio exterior.

“O futuro do câmbio e dos pagamentos internacionais será impulsionado pela eficiência e pela redução de custos operacionais, com as stablecoins no centro dessa transformação”, finaliza Rocelo Lopes.

Este será um dos temas debatidos com intensidade no Blockchain Conference Brasil by Truther. Nesta primeira edição, o evento se realiza em parceria com a Truther, refletindo sua expansão para todo o mercado de blockchain e tecnologia. A edição de 2025 acontecerá nos dias 28 e 29 de novembro, no Expo Center Norte, em São Paulo, reunindo os principais nomes do setor para discutir o futuro do open finance, stablecoins e infraestrutura blockchain no Brasil e no mundo.

Compartilhe este artigo
Siga:
Notícias sobre Bitcoin, Web 3.0, Criptomoedas e muito mais!
Sair da versão mobile