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Finanças descentralizadas centralizadas

Por Jorge Siufi

A Monday Capital junto com a Dappradar publicaram um artigo científico onde mostraram que a maioria dos projetos de Finanças Descentralizadas (DeFis) são altamente centralizados.

O Trabalho intitulado “Governança Descentralizada em DeFi: Exemplos e Armadilhas”, aponta o modelo de distribuição dos tokens dos protocolos como o principal motivo da centralização de governança.

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O artigo traz um estudo das questões de governança política no ecossistema DeFi na rede Ethereum.

Segundo o Trabalho os projetos DeFis em sua maioria partem de uma estrutura de governança centralizada, “onde a tomada de decisão sobre atualizações e alterações é feita por uma equipe ou um indivíduo”.

Os protocolos até visam avançar gradualmente para a descentralização da governança ao distribuírem tokens aos usuários do protocolo.

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Entretanto, estes tokens distribuídos comumente retornam à própria governança do protocolo, não sendo um modelo eficaz de distribuição que gera descentralização.

Isto porque os incentivos econômicos que proveem liquidez para que usuários sejam recompensados ​​com tokens de governança estimulam o comportamento competitivo e especulativo praticado por estes.

Isso leva a uma estrutura de governança centralizada, uma vez que os tokens lentamente se concentram em poucas mãos.

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O trabalho analisa vários protocolos DeFis, como o IDEX, MakerDAO, Curve, Compound, e Uniswap.

Outro ponto abordado foram os fóruns de discussão aos quais a comunidade participa e discute propostas dentro dos protocolos, e realizam votações.

Citando o exemplo do MakerDAO, segundo a Publicação trata-se de um Fórum que está aberto para membros da comunidade e também para aqueles que não são titulares de MKR.

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No entanto, o processo de votação no Maker pode ser controlado por grandes detentores de tokens.

Isso inclui 20 endereços, que respondem por 24% do volume total de MKR.

Entanto, o trabalho discute que em contrapartida a comparação com outros projetos quanto à distribuição de tokens, a do Maker é mais justa.

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Quanto ao Compound o Trabalho apontou que apenas 2,3% dos endereços podem delegar e participar do gerenciamento de projetos.

Caso sejam os excluídos os endereços de troca que também podem realizar esta função, este número ser´menor ainda.

Problemas semelhantes foram identificados nos protocolos Uniswap e Curve.

No Curve, por exemplo, um único endereço controla controla aproximadamente 3/4 dos votos.

Os motivos para haver esta centralização é porque, conforme pontuado pelo Trabalho, muitos usuários não consideram seus tokens como uma ferramenta de votação.

Outro fator é que os usuários usam seus tokens para participar de agricultura de rendimento, e muitas vezes não os utilizam nas votações.

Também porque estes sistemas funcionam embasado nos princípios da plutocracia, em que a riqueza determina o poder.

Como é muito difícil identificar participantes em protocolos descentralizado, a plutocracia se torna o único método de governança.

Por fim, o investimento inicial também desempenha um papel importante na centralização da governança.

Os primeiros investidores muitas vezes concentram uma grande quantidade de tokens consigo, oq ue leva outros usuários a perderem o interesse em votar.

O grupo de pesquisadores que publicou o artigo prometeu trazer um novo estudo apresentando modelos alternativos de governança para auxiliar na otimização de projetos e descentralização de protocolos.

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Redator da Revista Bitnotícias
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