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Analista que acertou alta do BTC em janeiro aponta que Bitcoin pode cair 46% devido aos temores de uma recessão nos EUA

Por Luciano Rodrigues
Foto: Leonardo.ai

Nicholas Merten, uma figura de destaque no espaço das criptomoedas e fundador do canal DataDash no YouTube, e que acertou em cheio a recuperação do Bitcoin no começo do ano, recentemente alertou sobre a possibilidade de uma queda significativa no preço do Bitcoin caso a economia dos Estados Unidos entre em recessão.

Ele atribui esse possível declínio à postura hawkish (favorável a aumentos nas taxas de juros) do Federal Reserve, que, na sua visão, poderia resultar em uma prolongada desaceleração econômica nos Estados Unidos.

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Merten é conhecido por sua habilidade em simplificar tópicos financeiros complexos, tornando-os acessíveis tanto para iniciantes quanto para investidores experientes. Seu canal é uma fonte confiável de análises abrangentes e insights sobre criptomoedas, tecnologia blockchain e mercados financeiros.

Ele sugere que se commodities como petróleo, gás natural e urânio começarem a se estabilizar ou diminuir de valor, isso poderia ser um sinal de uma recessão de curto prazo iminente. Nesse caso, ele antecipa que as ações podem experimentar uma queda semelhante à correção de 33% vista em outubro de 2022.

Para o Bitcoin, isso poderia se traduzir em uma queda para uma faixa de preço entre US$ 15.000 e US$ 17.000. Merten vê isso como um resultado relativamente favorável, pois poderia preparar o terreno para um fundo duplo na maioria das classes de ativos.

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Bitcoin

“[Uma recessão de curto prazo] vai causar um pouco de dor. As ações provavelmente voltarão para suas mínimas, aquela correção de 33% que vimos em outubro de 2022. O Bitcoin provavelmente voltaria para uma faixa de baixa semelhante à que vimos antes, em torno de US$ 15.000 a US$ 17.000. E isso seria realmente um cenário bastante bom. Pode ser que estejamos vendo um fundo duplo em relação à maioria dos ativos.”, disse Merten.

Ele argumenta que um mercado de touro sustentado para o Bitcoin é improvável até que o Federal Reserve comece a aumentar a liquidez na economia. Merten observa que o Bitcoin tem operado lateralmente de março a outubro de 2023, incapaz de romper os níveis de resistência entre US$ 28.000 e US$ 32.000.

Ele recomenda uma abordagem cautelosa, aconselhando os investidores a aguardar sinais claros de otimismo e maior liquidez, fatores que ele identifica como cruciais para ativos de alto risco como o Bitcoin.

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Merten destaca que o Bitcoin prospera quando há um aumento na oferta de dinheiro e uma mentalidade de investidores dispostos a correr riscos. No entanto, ele observa que nenhuma dessas condições está atualmente presente.

Mike McGlone, estrategista macro sênior da Bloomberg Intelligence, também adverte que o Bitcoin poderia sofrer uma queda de mais de 60% devido à liquidez negativa e ao aumento das taxas de juros globais.

Ele acredita que os EUA provavelmente enfrentarão uma recessão até o final de 2023, o que teria um impacto significativo no Bitcoin. McGlone identifica a marca de US$ 30.000 como um nível de resistência crucial para a criptomoeda e sugere que é mais provável que ela caia para a faixa de US$ 10.000.

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Ele também vê um risco substancial para o mercado de criptomoedas em geral, especialmente se uma recessão desencadear uma queda no mercado de ações. McGlone inclina-se a interpretar a fraqueza do mercado de criptomoedas no terceiro trimestre de 2023 como um indicativo de uma tendência recessiva.

Ele observa que os bancos centrais estão apertando as políticas monetárias, apesar dos sinais de contração econômica nos EUA e na Europa e da crise imobiliária em curso na China, que ele vê como tendo implicações deflacionárias.

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Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.
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