Oferta de stablecoins dispara enquanto taxa cai ao menor nível em 2 anos

Aumento nas stablecoins e taxa mínima em 2 anos: Trégua no mercado ou prelúdio de volatilidade?
  • Stablecoins disparam enquanto traders aguardam próxima grande alta do Bitcoin
  • Liquidez cresce e mercado cripto vive calmaria antes da ação
  • Tether domina cenário global e reforça poder do dólar digital

O mercado de criptomoedas entrou em um período de silêncio aparente, mas os dados indicam que algo está prestes a acontecer. A proporção de stablecoins para Bitcoin na Binance caiu para o menor nível em dois anos, ao mesmo tempo em que Tether e Circle cunharam US$ 7 bilhões em novos tokens. Essa combinação com menos atividade nas exchanges e mais emissões, cria um cenário de expectativa e tensão.

O Bitcoin ultrapassou US$ 108 mil logo após essa nova liquidez chegar ao mercado. Isso mostra que os investidores estão se posicionando de forma estratégica, talvez antecipando um movimento mais forte. Segundo a CryptoQuant, a proporção de stablecoins na Binance agora é de 0,8149, um nível visto pela última vez em 2023.

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Liquidez pronta e mãos paradas

Esse número baixo sugere que os traders estão esperando o momento certo para agir. Em ciclos anteriores, quedas semelhantes antecederam períodos de forte acumulação e alta de preços. O mesmo aconteceu antes dos rallies de 2023 e 2024. Se o Bitcoin conseguir se manter entre US$ 108 mil e US$ 110 mil, é possível que o mercado esteja apenas respirando antes da próxima corrida.

Enquanto isso, a Tether adicionou mais US$ 1 bilhão em USDT à sua oferta, consolidando sua liderança entre as stablecoins. Desde a última retração do mercado, o total emitido por Tether e Circle chega a US$ 7 bilhões, evidenciando uma demanda crescente por ativos estáveis. A Tether afirma ter alcançado 500 milhões de usuários reais, o que equivaleria a cerca de 6% da população mundial já tendo usado o USDT.

Expansão global e atenção dos bancos

A expansão é especialmente visível em economias emergentes, como Quênia e América Latina, onde as stablecoins são usadas como proteção contra a inflação e moedas frágeis. O domínio da Tether é inegável: sua capitalização de mercado chegou a US$ 182 bilhões, controlando cerca de 58% do total de stablecoins. Já a Circle, emissora do USDC, mantém US$ 76 bilhões, consolidando-se como a principal concorrente.

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Os bancos tradicionais também estão de olho. Analistas do Citibank projetam que o mercado de stablecoins pode alcançar US$ 1,9 trilhão até 2030, o equivalente a 10% de todas as criptomoedas. Eles comparam essa fase à ascensão dos fundos monetários nos anos 1980, que transformaram a liquidez sem colapsar o sistema financeiro.

Apesar de a queda na proporção entre stablecoins e Bitcoin parecer um sinal de cautela, o aumento nas emissões e o crescimento global de usuários sugerem o contrário, há muito dinheiro em espera, pronto para voltar ao mercado. Se a história se repetir, este pode ser o típico momento de calmaria antes da tempestade que precede os grandes movimentos no universo cripto.

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Entusiasta de criptomoedas e tecnologia, comecei minha jornada com consoles no Nintendo 64. Sempre explorando novos gadgets e tecnologias inovadoras. Nos momentos livres, meu maior hobby é jogar futebol.
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