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Bitcoin: Dados diversos sugerem fim do inverno cripto e início do novo ciclo de alta

Por Jorge Siufi
Foto: Pxhere

Alguns fatores macroeconômicos conduziram a recente alta do Bitcoin (BTC), dentre os mais importantes estão a quebra dos bancos norte-americanos e europeus, e a impressão em grande escala de moeda FIAT para salvá-los.

Também a especulação sobre a próxima taxa de juros que será divulgada pelo FED dos EUA que deverá vir com menor aumento ou até poderá ser mantida como está.

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Mas não é apenas de fatores macroeconômicos que vive o Bitcoin, e dados on-chain também estão favoráveis â maior criptomoeda do mundo, e isto tem proporcionado otimismo ao Bitcoin que vem aumentando sua dominância no mercado.

Tal otimismo com a conjunção destes diversos fatores está expresso no índice de ganância e medo (Fear and Greed) que registrou seu maior valor desde o topo histórico do BTC em  novembro de 2021, em 68 pontos, classificação esta de ‘ganância’.

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No gráfico

O BTC estava ‘engasgado’ com a resistência na faixa dos US$ 25.000. Tal resistência foi testada em agosto de 2022 e em meados de fevereiro deste ano, mas a criptomoeda sucumbiu à barreira.

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Após vir abaixo dos US$ 20.000 neste mês e colocar um pouco de apreensão no mercado, o BTC engatou uma alta devido aos fatores macroeconômicos, atropelou a resistência dos US$ 25.000, e foi buscar patamares mais altos logo acima dos US$ 28.400.

No gráfico, o BTC ainda deverá voltar para testar a casa dos US$ 25.000 e certificar que este agora é um suporte.

Falando em suporte e resistência, é importante lembrar que esta faixa de preço dos US$ 28.000 é agora uma  importante resistência para o Bitcoin, pois foi nesta faixa de preço que a criptomoeda se segurou de meados de maio a meados de junho de 2022, como suporte, antes de vir abaixo e tocar os US$ 17.000 altos.

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Mas mesmo com estes números otimistas o ano de 2023 não é de grandes expectativas para os investidores mais pés no chão, que esperam um mercado mais latente até o próximo halving do Bitcoin, estimado para acontecer em 20 de abril de 2024.

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E ainda tem a métrica do ‘golden cross’, onde o cruzamento da EMA de 50 períodos acima da EMA de 200 no diário mantém a perspectiva de que o mercado dos ursos, o mercado de baixa ou inverno cripto foi embora. Será?

De fato, alguns dados dentro da cadeia ajudam a sustentar tal hipótese junto aos fatores macroeconômicos, como por exemplo a volta da acumulação por parte das baleias e o comportamento de acumulação/distribuição, os retornos latentes e realizados dos investidores, a atividade ‘on-chain’ do Bitcoin, além do retorno de lucros do mercado do BTC.

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Lucros

Já engatando o assunto lucros, a Bitcoin Magazine apresentou um dado interessante onde mostrou que os investidores que compraram BTC no topo de 2021 e fizeram investimento de DCA com a criptomoeda estão no lucro atualmente, mesmo após este longo inverno cripto.

 

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Conforme pode-se observar no gráfico, os investidores resilientes e determinados suportaram prejuízos de até 51,9%, mas após todo este período turbulento hoje estão com lucros estimados em 10%.

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Obviamente cabe ressaltar que estes dados estão embasados neste hiato de tempo, que é a situação mais calamitosa possível para o caso.

Outro índice interessante é o suprimento total do Bitcoin em lucro latente (lucro/perda), que tem se mostrado eficiente em identificar ciclos ou eventos de baixa.

No gráfico abaixo nota-se que o preço atual da criptomoeda traz uma maior porcentagem de BTCs em zona de lucro, deixando para trás um possível ciclo de baixa bem discernível no gráfico histórico do Bitcoin.

Este dado por si só já é um bom indicador de um possível fim de inverno cripto.

Porcentagem do suprimento de Bitcoin em lucro – Glassnode

Por fim, a média do índice de lucratividade (SOPR) do BTC mostra que a criptomoeda passou pelo período de perdas com a quebra do protocolo Terra/LUNA, a falência das empresas Celsius, Three Arrows Capital, e FTX, e está finalizando seu ciclo de ‘take-loss’.

Tais dados sugerem um viés de alta de longo prazo para o Bitcoin e para o mercado.

Acumulando Bitcoin

Conforme supracitado, as baleias tinham voltado a acumular Bitcoins e assim ficou mais claro o retorno do comportamento de acumulação dos investidores, o que sugere um período de alta mesmo que momentâneo.

Observando os dados de pontuação de acumulação de negociação, onde 0 é o mínimo e 1 é o máximo, o score atual do Bitcoin é de 0,8; que mostra acumulação por parte dos participantes do mercado.

Este dado associado ao crescente envio de Bitcoin das exchanges para carteiras próprias mostram que o princípio de acumulação está de volta.

Observando as carteiras de Bitcoin, atualmente as que possuem mais de 10.000 BTC ainda estão realizando certa distribuição, provavelmente aproveitando os lucros da recente alta.

Por outro lado, as carteiras com menos de 10 até 1.000 BTC pararam de vender e estão acumulando, comportamento este também das carteiras que possuem entre 1.000 BTC a 10.000 BTC.

Por fim, dados da Glassnode mostraram que houve retomada e recuperação da atividade on-chain do Bitcoin desde o início de 2023.

Esta atividade caiu drasticamente do início de 2021 a meados daquele ano, passou por certa recuperação que seguiu até meados de 2022, e voltou a cair até o final do ano passado.

Em suma

Resumindo, de certa forma inesperada o mercado do Bitcoin respira mais aliviado. Uma associação de indicadores técnicos, indicadores gráficos e fatores macroeconômicos trouxeram o BTC para perto dos US$ 30.000, e principalmente, deixa os ursos que especulavam o preço nos US$ 12.000 desanimados.

Nada ainda é certo, principalmente num ano onde espera-se por uma forte recessão global, mas de notório está o fato dos governos terem ligado novamente a máquina de impressão de FIAT, e isso remete a 2008 com a crise do ‘subprime’ e a 2009 com o propósito ou motivo do surgimento do Bitcoin.

Aparentemente o inverno criptográfico acabou. Ao menos o mercado não espera mais que o Bitcoin venha a níveis mais baixos que os registrados em novembro de 2022 quando o Bitcoin ameaçou vir abaixo dos US$ 15.000.

Mesmo que a criptomoeda e o mercado sigam de lado, a expectativa para a próxima corrida dos touros é extasiante, se relevarmos que no último ciclo o BTC se segurou na faixa dos US$ 3.200 e depois voou aos US$ 69.000.

A pergunta que fica é: nessa constante, onde será que o Bitcoin parará tendo se segurado na faixa dos US$ 15.000 no último inverno cripto?

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Redator da Revista Bitnotícias
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