- Mercado dividido entre compra, venda e forte pressão técnica.
- Suportes críticos definem próximos movimentos do Bitcoin.
- Sentimento negativo amplia incertezas entre investidores.
A pressão recente no mercado reacendeu a discussão central: agora é hora de comprar ou vender o Bitcoin? O movimento de preços reacende dúvidas porque o ativo voltou a tocar a região de US$ 80 mil, ponto que se tornou decisivo após semanas de fraqueza. Muitos investidores reagiram de forma imediata e retiraram posições das corretoras, o que ampliou o recuo e deixou o mercado ainda mais sensível.
Os sinais de alerta aparecem com mais força porque diversos indicadores técnicos entram em cena ao mesmo tempo. Assim, analistas observam um cenário mais tenso e destacam que, se a pressão de baixa continuar, o mercado pode aprofundar o movimento. Entre eles, Ted Pillows avalia que a situação ficará bem mais complicada se o preço perder o suporte dos US$ 80 mil, já que esse patamar concentra grande parte das ordens de compra.
Mesmo com o ambiente instável, alguns traders veem espaços de oportunidade. Scott Melker, conhecido por suas análises diretas, afirma que procura zonas de compra mais baixas e destaca dois níveis estratégicos. O primeiro aparece nos US$ 74 mil, que ele classifica como suporte forte.
O segundo, mais distante, surge na região dos US$ 55 mil, área onde a média móvel de 200 semanas se mantém. Para ele, essa faixa pode representar o fundo de um ciclo, embora reconheça que padrões passados não garantem repetições.
Melker recupera episódios anteriores para ilustrar o momento. Ele lembra que, em 2021, o Bitcoin despencou de US$ 65 mil para menos de US$ 30 mil em poucas semanas e, mesmo assim, aquele ano terminou como um dos mais fortes do setor. A mensagem central é que quedas profundas já ocorreram em outros ciclos sem invalidar tendências maiores.
O que fazer agora com o preço do Bitcoin neste patamar
No entanto, outros analistas veem o gráfico com cautela maior. Rekt Capital aponta a perda da EMA de 50 semanas como um sinal decisivo de que estruturas altistas se romperam. Quando o preço perde essa média e não recupera rapidamente, o analista afirma que a tendência macro costuma mudar. Ele diferencia a média simples da média exponencial para reforçar que a EMA reage muito mais rápido a mudanças bruscas e costuma antecipar fases de fraqueza.
Enquanto isso, Pillows observa que ainda existe demanda ativa entre US$ 80 mil e US$ 82 mil, principalmente em grandes corretoras. Ele acredita que essa região pode segurar o preço no curto prazo, porém alerta que, se o suporte falhar, o ativo pode buscar os US$ 74 mil sem resistência significativa.
Outro ponto que pressiona o mercado é o sentimento. Para o analista Quinten Francois, o humor atual está entre os piores dos últimos anos. Ele compara o momento com fases dramáticas, como o colapso da FTX ou a queda causada pela pandemia. Mesmo assim, ele afirma que investidores podem olhar para trás no futuro e desejar ter comprado nesses níveis.
