Bitcoin está com os dias contados, diz crítico — Ouro e prata assumem o controle

Bitcoin está com os dias contados, diz crítico — Ouro e prata assumem o controle
  • Ouro e prata lideram enquanto Bitcoin falha como proteção
  • QE expõe correlação do Bitcoin com ativos de risco
  • Schiff vê metais retomando controle do cenário macro

O economista Peter Schiff voltou ao centro do debate ao afirmar que o Bitcoin está com os dias contados, após o retorno do programa de flexibilização quantitativa do Federal Reserve expor fragilidades do ativo.

Segundo Schiff, o mercado reagiu de forma clara quando o Fed retomou a compra de títulos do Tesouro, pois investidores migraram rapidamente para ouro e prata, ignorando as criptomoedas.

Enquanto o discurso oficial falava em simples operação de liquidez, o mercado interpretou a medida como expansão monetária clássica, reacendendo a busca por ativos de proteção histórica.

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Nesse contexto, o ouro subiu mais de US$ 50 em uma única sessão, recuperou patamares acima de US$ 4.325 e voltou a atrair capital institucional.

Fonte investing

A prata ultrapassou US$ 62, acompanhada por ações de mineradoras, que avançaram de forma coordenada e reforçaram o movimento defensivo observado nos mercados.

Fonte investing

Já o Bitcoin seguiu na direção oposta, sem registrar fuga de capital relevante, frustrando investidores que esperavam uma reação típica de ativo de proteção.

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QE expõe fragilidade do Bitcoin como proteção monetária

Para Schiff, o retorno do QE funcionou como um teste de estresse em tempo real, no qual ativos defensivos deveriam reagir primeiro diante da mudança de liquidez.

Segundo ele, se o Bitcoin fosse realmente ouro digital, o capital teria migrado de forma imediata para o BTC após a expansão do balanço do Fed.

Isso não aconteceu, pois o dinheiro fluiu para metais preciosos, enquanto o índice do dólar enfraqueceu, seguindo um padrão macroeconômico conhecido.

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Ao mesmo tempo, o Bitcoin caiu junto com ativos de risco tradicionais, reforçando sua correlação com mercados especulativos em momentos de incerteza.

Schiff argumenta que esse comportamento prova que o BTC depende de liquidez abundante para se sustentar, perdendo força quando o ambiente financeiro muda.

Para ele, o episódio enfraquece a narrativa de proteção contra inflação que sustentou parte do interesse institucional nos últimos ciclos.

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Queda recente reforça discurso crítico de Peter Schiff

O Bitcoin já vinha pressionado antes do retorno do QE, após cair das máximas próximas de US$ 120.000 em outubro e acumular queda superior a 30%.

A pressão vendedora se estendeu até novembro, levando o preço para a faixa dos US$ 90.000, antes de compradores defenderem a região de US$ 80.600.

Fonte coinmarketcap

Segundo Schiff, a recuperação observada depois desse movimento foi puramente técnica, sem apoio de novas narrativas macroeconômicas consistentes.

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Ele afirma que o mercado deixou de enxergar o Bitcoin como proteção contra inflação persistente, redirecionando a confiança para ativos físicos.

O economista também criticou a cobertura da mídia, que tratou recordes do ouro e da prata como ruído, enquanto manteve foco excessivo no Bitcoin.

Para Schiff, esse desequilíbrio revela mais sobre a psicologia do investidor do que sobre fundamentos econômicos sólidos. A validade da previsão dependerá da próxima onda de liquidez global e de como o capital reagirá aos estímulos monetários.

Se o QE continuar favorecendo ouro e prata, a tese de Schiff ganhará força; caso contrário, o Bitcoin poderá desafiar mais uma vez seus críticos e outras criptomoedas promissoras.

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Entusiasta de criptomoedas e tecnologia, comecei minha jornada com consoles no Nintendo 64. Sempre explorando novos gadgets e tecnologias inovadoras. Nos momentos livres, meu maior hobby é jogar futebol.
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