Bitcoin ignora rali do ouro e prata, e analistas veem sinal importante para o próximo ciclo

Bitcoin ignora rali do ouro e prata, e analistas veem sinal importante para o próximo ciclo
  • Bitcoin acumula queda de quase 30% desde a máxima histórica de US$ 125.100.
  • Ouro subiu cerca de 60% no ano e renovou recordes históricos.
  • Analistas dizem que BTC e metais têm ciclos próprios e histórias estruturais distintas.

Analistas afirmam que o Bitcoin não precisa de uma correção no ouro ou na prata para retomar sua trajetória de alta.

Segundo especialistas, o BTC segue um ciclo próprio, sustentado por fundamentos distintos dos metais preciosos, mesmo em um cenário de forte valorização do ouro e enfraquecimento do mercado cripto.

Bitcoin segue trajetória própria apesar da força do ouro

O Bitcoin não precisa esperar uma correção do ouro e da prata para voltar a subir, segundo analistas de mercado. Essa avaliação, portanto, contraria uma visão comum entre investidores, que ainda enxergam os ativos como concorrentes diretos.

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Nesse contexto, James Check, analista-chefe da Glassnode, afirmou que essa associação é equivocada. Em publicação na rede X, ele disse que quem acredita nessa dependência “não entende esses ativos”.

Além disso, a economista Lyn Alden reforçou a mesma leitura em um podcast recente. Para ela, o debate não deve ser tratado como competição direta entre Bitcoin e metais preciosos.

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“Ambos têm histórias estruturais de longo prazo”, afirmou Alden.

Relação BTC/ouro muda após ano atípico

De acordo com Lyn Alden, o fortalecimento recente da relação entre Bitcoin e ouro ocorreu porque o BTC passou o último ano em um estágio de estagnação. Enquanto isso, o ouro viveu um período excepcional.

Atualmente, a razão Bitcoin-ouro está em 19,29, conforme dados do LongTermTrends. Além disso, ouro e prata renovaram máximas históricas recentemente.+

Relação Bitcoin-ouro – Fonte: LongTermTrends.

A prata ultrapassou US$ 77, enquanto o ouro atingiu US$ 4.533, segundo a Trading Economics. Esse movimento foi impulsionado por expectativas de cortes de juros em 2026, dólar mais fraco e tensões geopolíticas.

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“Esses fatores estão aumentando a volatilidade em mercados com baixa liquidez”, explicou Peter Grant, da Zaner Metals, à CNBC.

Correlação enfraquece e sentimento diverge

Entre novembro de 2022 e novembro de 2024, Bitcoin e ouro se moveram de forma semelhante. Entretanto, ao longo de 2025, essa correlação perdeu força. Enquanto o ouro acumula alta próxima de 60% no ano, o Bitcoin registra queda de 7,2%. Atualmente, o BTC é negociado perto de US$ 87.650, segundo a CoinMarketCap.

Além disso, o sentimento dos investidores diverge, o índice de medo e ganância do ouro marca 79, sinal de ganância. Por outro lado, o indicador cripto aponta medo extremo, em 24.

Mesmo assim, alguns analistas veem o movimento como temporário. Michael van de Poppe afirmou que “quanto mais alto o ouro sobe, maior a chance de o Bitcoin acompanhar”.

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Perspectivas para 2026

Apesar do cenário atual, executivos do setor cripto projetam uma reversão em 2026. Matt Hougan, CIO da Bitwise, afirmou que “2026 será positivo para o Bitcoin”. Já Samson Mow, fundador da Jan3, acredita em um ciclo de valorização prolongado.

Portanto, analistas reforçam que o Bitcoin não depende do desempenho do ouro ou da prata. Cada ativo segue seu próprio ciclo, influenciado por fundamentos e fatores macroeconômicos distintos.

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Adepto do DeFi e convertido à descentralização, deixei o sistema financeiro tradicional para viver a revolução cripto de dentro. Respirando blockchain, escrevendo sobre o que move o futuro — longe dos bancos, perto da liberdade.
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