- Possível queda abaixo de US$ 80 mil preocupa analistas
- Medo extremo domina investidores após forte pressão vendedora
- Imprensa internacional destaca pessimismo crescente no mercado cripto
O Bitcoin continua caindo e mantém os investidores atentos a cada novo movimento. Depois de recuar de sua máxima histórica, a criptomoeda tenta se estabilizar, mas o cenário está cheio de incertezas.
Muitos especialistas veem o mercado operando entre duas possibilidades bem definidas, ou o BTC reage rapidamente, ou a pressão de venda se intensifica e empurra o preço para patamares ainda mais perigosos. A faixa entre US$ 73 mil e US$ 84 mil virou o centro das discussões, concentrando grande parte das posições de grandes players.
Os analistas destacam que essa zona reúne o custo médio de entrada de instituições como BlackRock e Strategy. Por isso, qualquer movimento abaixo desse intervalo pode provocar reações fortes. Se o Bitcoin perder o suporte psicológico de US$ 80 mil, a pressão de venda pode explodir, criando uma resistência difícil de romper no curto prazo. Esse movimento abriria espaço para uma queda até a região de US$ 60 mil, faixa comum em correções de meio de ciclo.
Pressão de curto prazo aumenta e investidores mostram medo
Dados recentes mostram que investidores de curto prazo venderam cerca de 62 mil BTC com prejuízo. Além disso, as entradas em corretoras ultrapassaram US$ 81 mil em 22 de novembro, o maior volume desde julho. Analistas dizem que esse fluxo revela um comportamento de medo extremo, algo comum perto de fundos importantes. Um especialista afirmou que episódios parecidos no passado costumavam sinalizar exaustão vendedora, abrindo espaço para um alívio técnico.
Outro analista reforça que a forte saída de investidores menos experientes indica um movimento típico de rendição. Ele afirma que as autoridades regulatórias influenciaram o sentimento do mercado e transformaram o otimismo recente em cautela. Segundo ele, a reação dependerá da força de uma possível recuperação no curto prazo. Caso o preço volte a cair depois desse repique e rompa os US$ 80 mil, o cenário pode se deteriorar rapidamente.
Especialistas divergem sobre o tamanho da queda
Apesar das previsões negativas, alguns analistas descartam um colapso tão profundo quanto o de ciclos anteriores. Eles afirmam que uma queda de 70% não deve ocorrer, mesmo que o mercado enfrente turbulências adicionais. A saída em massa dos investidores de curto prazo pode representar um fundo ou antecipar uma nova baixa mais prolongada. Por isso, a orientação geral é manter cautela e observar cada movimento com atenção.
A queda recente não passou despercebida pela imprensa internacional. O USA Today descreveu novembro como “um mês terrível, horrível, péssimo, muito ruim” para o Bitcoin. Já o Wall Street Journal questionou por que o setor não apresenta desempenho melhor mesmo com um presidente americano favorável à criptomoeda e com a demanda institucional em alta. Para o jornal, “as expectativas altíssimas de uma era de ouro estão despencando“, apesar dos ETFs reduzirem a volatilidade.
O The Guardian foi ainda mais duro e afirmou que criptomoedas “não geram renda e não possuem capacidade produtiva“, descrevendo o mercado como um espelho de uma economia desigual, onde milhões buscam qualquer chance de melhora, por menor que seja. Com tantas análises divergentes, o mercado segue dividido, mas uma coisa é clara, todos agora observam a linha de US$ 80 mil como o ponto decisivo para o futuro imediato do Bitcoin.
