A Riot Platforms, uma das maiores empresas de mineração de Bitcoin, está envolvida em uma disputa com a Bitfarms, após ter adquirido uma participação significativa na empresa canadense. A Riot comprou uma participação de 9,25% na Bitfarms, levantando especulações sobre uma possível tentativa de aquisição.
Em resposta, a Bitfarms implementou uma ‘pílula de veneno’, uma tática de defesa corporativa projetada para evitar aquisições hostis. Esta medida tem como objetivo dificultar a Riot de aumentar sua participação ou fazer uma oferta de aquisição sem o consentimento do conselho da Bitfarms.
Na quarta-feira, a Riot anunciou em documento que comprou quase 6 milhões de ações da Bitfarms através do mercado aberto na semana passada, aumentando sua participação para 13,1%.
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Estratégia da ‘pílula de veneno’ e a reação da Riot
A ‘pílula de veneno’ é uma estratégia comum utilizada por empresas para proteger-se contra aquisições não desejadas. No caso da Bitfarms, a implementação desta defesa envolve a emissão de direitos adicionais aos acionistas existentes, diluindo efetivamente a participação da Riot e tornando uma aquisição mais cara e complexa.
A Riot Platforms, liderada pelo CEO Jason Les, criticou publicamente a decisão da Bitfarms, alegando que a ‘pílula de veneno’ não é do interesse dos acionistas e pode limitar o potencial de crescimento da empresa. Les defendeu a participação da Riot na Bitfarms como uma oportunidade estratégica para fortalecer as operações de ambas as empresas.
‘Em vez de se envolver conosco de forma privada e de boa fé, a Bitfarms respondeu implementando uma pílula venenosa fora do mercado com um gatilho bem abaixo do limite habitual de 20%’, disse Les em um comunicado.
Implicações e próximos passos para ambas as empresas
A disputa entre Riot Platforms e Bitfarms tem implicações significativas para o futuro das duas empresas no mercado competitivo de mineração de Bitcoin. Para a Riot, a aquisição de uma participação na Bitfarms poderia representar uma expansão estratégica, permitindo maior controle sobre uma operação de mineração estabelecida e a possibilidade de sinergias operacionais.
Para a Bitfarms, a adoção da ‘pílula de veneno’ é uma clara declaração de intenção de manter sua independência e controlar seu próprio destino.
À medida que as negociações e manobras continuam, os investidores e analistas estarão observando de perto para ver como esta disputa se desenrolará e quais serão as implicações para o setor de mineração de criptomoedas.