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Bloomberg: Bitcoin supera o dólar como ativo de proteção em caso de calote dos EUA

Por Jorge Siufi
Foto: Pixabay

De acordo com informações da Bloomberg, os investidores dos Estados Unidos apontaram o Bitcoin melhor do que o dólar como sendo um ativo de proteção em meio a temores de um calote às dívidas norte-americanas.

Em pesquisa realizada pela Markets Live Pulse, da Bloomberg, cerca de 8% dos investidores profissionais e 11% dos investidores de varejo entrevistados disseram que estão dispostos a comprar Bitcoin a qualquer outro ativo para proteger seu investimento.

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Os dados da pesquisa mostraram que a preferência pelo ouro ainda é muito superior ao Bitcoin, mas também que os investidores estão ganhando mais confiança na maior criptomoeda do planeta.

Bitcoin no mesmo patamar que o dólar

De acordo com a pesquisa da Bloomberg, o Bitcoin é o terceiro ativo em preferência do investidor que quiser se proteger contra um possível calote do governo dos Estados Unidos em pagar suas dívidas.

A possibilidade de calote até pode ser remota, mas a crise bancária, a crise de crédito, a inflação, e a possível recessão global afloram o receio de um calote às dívidas por parte dos Estados Unidos.

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A secretária do Tesouro norte-americano, Janet Yellen, disse que o calote da dívida do país é algo inimaginável, mesmo havendo disputas políticas que atrapalham a discussão sobre o aumento do teto da dívida.

Diante desta perspectiva, o ouro foi elencado por 51,7% dos investidores profissionais como sendo o principal ativo de proteção contra o calote, e por 45,7% dos investidores de varejo.

Em segundo lugar ficaram os títulos do tesouro norte-americano, em terceiro lugar o Bitcoin e em quarto lugar o dólar.

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Dentre os investidores profissionais a porcentagem ficou praticamente empatada em investir em dólar ou Bitcoin; computando 7,8% dos entrevistados.

Já dentre os investidores de varejo, 11,3% optaram pelo Bitcoin enquanto 10,2% optaram pelo dólar.

O poder da fidúcia

Os pesquisadores da Bloomberg disseram que com certeza o Bitcoin se tornou mais popular aos olhos dos investidores devido ao fato de que, ao contrário da moeda fiduciária, não possui um Banco Central como emissor.

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Também porque possui uma estrutura descentralizada que permite criar um sistema financeiro diferente do tradicional.

Ao mesmo tempo, os especialistas alertaram para o fato de que o valor do Bitcoin vem de muitos atributos, incluindo aqueles baseados na confiança do investidor.

‘Enquanto a sociedade acreditar em um sistema de papel-moeda, o dinheiro terá valor. Bitcoin é semelhante: um ativo terá valor enquanto os usuários acreditarem nele’, disse o relatório.

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Vale lembrar que a crença no dinheiro fiduciário possui seu cerne nas diretrizes e tomadas de decisões políticas e econômicas de cada governo. Já no caso do Bitcoin, o seu cerne está focado na matemática, no poder computacional e em seu suprimento limitado, o que descentraliza das mãos de terceiros as decisões sobre papel econômico como dinheiro.

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Redator da Revista Bitnotícias
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