Bolsa de valores abala cripto: 45% de perda após saída da MSCI

Bolsa de valores abala cripto 45% de perda após saída da MSCI
  • Pressão da MSCI expõe fragilidade estrutural das empresas cripto
  • Exclusão potencial ameaça bilhões e amplia o medo institucional
  • Setor mostra dependência crítica de fluxos passivos e índices globais

A pressão dos grandes índices chegou ao limite mais sensível do mercado e derrubou expectativas. As empresas ligadas a criptoativos já perderam 45% de valor desde que a possível saída da MSCI entrou no radar de bancos e gestores. Esse movimento abriu uma brecha que revela tensões antigas e pouco discutidas.

Agora, a fragilidade do setor aparece com mais nitidez, porque a alta do último ciclo mascarava riscos estruturais. A dependência do capital institucional pesa mais, e o impacto da exclusão mostra como os fluxos tradicionais ainda moldam o ritmo do mercado. Esse choque expõe vulnerabilidades que não podem mais ser ignoradas.

O impacto direto da MSCI nas empresas expostas a Bitcoin

As companhias focadas em gestão de ativos digitais enfrentam seu maior teste de estresse estrutural. As vendas ganharam força porque os investidores temem saídas forçadas de capital, caso o índice MSCI decida excluir empresas profundamente expostas a criptomoedas. Esse receio acompanha uma das piores quedas desde o colapso da FTX, o que ampliou ainda mais o pânico.

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A capitalização de mercado das empresas abertas com grandes carteiras cripto caiu de US$ 176 bilhões para apenas US$ 99 bilhões desde julho. O movimento atingiu todas as frentes, com Bitcoin, Ethereum e Solana perdendo força em relação às máximas recentes. E, agora, um novo componente alimenta a tempestade, o alerta do JPMorgan sobre a possibilidade de exclusão da Strategy (antiga MicroStrategy) dos principais índices de ações.

O MSCI USA, um dos índices mais influentes do mundo, acompanha 85% do mercado acionário americano. Empresas incluídas ali recebem bilhões de dólares de capital passivo de ETFs e fundos institucionais. Portanto, qualquer mudança nessa composição tem impacto real e imediato sobre o preço das ações.

A ameaça direta aos gigantes corporativos do Bitcoin

A nota mais recente do JPMorgan afirma que a MSCI analisa uma regra que poderia excluir empresas com mais de 50% dos ativos em criptomoedas. A Strategy se encaixa perfeitamente nesse critério, já que seu balanço segue dominado por 649.870 BTC.

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O banco alertou que as saídas podem chegar a US$ 2,8 bilhões caso ocorra a expulsão nos índices MSCI. E, se outros provedores seguirem a mesma regra, o impacto pode atingir US$ 8,8 bilhões. Hoje, quase US$ 9 bilhões em ações da Strategy estão nas mãos de fundos passivos, o que significa que uma exclusão provocaria vendas automáticas, sem qualquer avaliação emocional ou estratégica.

Essa discussão marca a primeira vez que provedores globais consideram limites formais para empresas com forte exposição a criptoativos. O episódio abre um precedente que pode redefinir o relacionamento entre Wall Street e o setor digital, em um momento no qual a confiança já enfrenta um dos seus períodos mais frágeis.

A pressão da bolsa sobre o mercado cripto deixou claro que a dependência dos índices continua enorme e que uma simples decisão regulatória pode apagar bilhões em valor de mercado da noite para o dia.

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Entusiasta de criptomoedas e tecnologia, comecei minha jornada com consoles no Nintendo 64. Sempre explorando novos gadgets e tecnologias inovadoras. Nos momentos livres, meu maior hobby é jogar futebol.
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