O braço de investimento do Butão, a Druk Holding and Investments (DHI), tem minerado Bitcoin há “alguns anos” como parte de uma estratégia de investimento de longo prazo para diversificar o portfólio da nação.
Ujjwal Deep Dahal, CEO da DHI, afirmou à mídia local The Butanese que a mineração de bitcoin faz parte dos esforços do país para diversificar sua economia.
Portanto, muito antes de El Salvador adotar o Bitcoin, o Butão já usava a maior criptomoeda do mercado como parte de sua estratégia de desenvolvimento.
A nação sem litoral está utilizando ativos digitais para financiar suas operações, mas mantém alguns para o futuro, antecipando um aumento no valor após o halving do Bitcoin em 2024.
O objetivo é gerar retornos positivos e sustentáveis em diversas classes de ativos, incluindo criptomoedas. O Butão está aproveitando sua extensa rede de hidreletricidade para minerar bitcoin, buscando compensar custos e danos ambientais.
Butão e Bitcoin
A região montanhosa do Butão e seus projetos hidrelétricos oferecem custos de produção marginalmente mais baixos, o que permite à DHI direcionar a economia de energia para a compra de mais equipamentos de mineração.
A mineração de Bitcoin também faz parte da tentativa do país de diversificar sua economia, explorando setores como turismo e agricultura.
A DHI teria começado a minerar BTC quando seu preço estava em torno de US$ 5.000, embora nenhuma data específica tenha sido informada. O Bitcoin foi negociado nesses níveis pela última vez durante o crash do mercado devido à pandemia de Covid-19 em março de 2020 e, antes disso, havia ultrapassado US$ 5.000 em abril de 2019.
Dahal revelou também que o Butão conseguiu quitar todas as suas dívidas com os credores de criptomoedas falidos, BlockFi e Celsius, após obter empréstimos de ativos digitais para financiar novos investimentos. Em fevereiro, foi descoberto que a DHI realizou milhões de dólares em depósitos e saques junto a esses credores, em várias criptomoedas, incluindo bitcoin, ether e USDC.