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Chainalysis: Infraestrutura de criptomoedas da Rússia visa contornar sanções ocidentais

Por Clara Ventura
Foto: Dall-e 3

O Banco Central da Rússia (BCR) está liderando uma iniciativa para integrar criptomoedas na infraestrutura financeira do país. Dessa forma, permitirá que empresas russas utilizem ativos digitais em transações internacionais. Esse movimento faz parte de um esforço maior para contornar as sanções impostas pelo Ocidente, de acordo com um relatório recente da Chainalysis.

Em agosto, o presidente Vladimir Putin sancionou uma nova legislação que legaliza a mineração de criptomoedas. Além disso, a lei autoriza o uso de moedas digitais para pagamentos internacionais. A expectativa é que os primeiros testes com criptomoedas comecem em setembro, com o Banco Central supervisionando as transações.

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Essas medidas visam reduzir a dependência da Rússia do dólar americano. Trata-se de um objetivo de longa data que se intensificou com as crescentes tensões geopolíticas.

“Essas recentes iniciativas legislativas em prol das criptomoedas são parte do esforço da Rússia para criar mecanismos alternativos de pagamento e aliviar a pressão das sanções ocidentais”, destacou a Chainalysis em seu relatório.

Rússia focas nas criptomoedas

O Banco Central também está testando sua moeda digital própria, o rublo digital, que deverá ser lançado oficialmente em 2025. Além disso, entidades autorizadas de mineração poderão utilizar criptomoedas para liquidar operações comerciais.

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De acordo com Valerie Kennedy, diretora de investigações da Chainalysis, a Rússia está desenvolvendo uma infraestrutura experimental para permitir que empresas russas aprovadas utilizem moedas digitais no comércio exterior.

O relatório ainda aponta que exchanges de criptomoedas localizadas na Rússia poderão ser usadas para processar esses pagamentos transfronteiriços. Plataformas centralizadas como Tetchange, Bitzlato e Garantex, que têm escritórios no Centro Internacional de Negócios de Moscou, podem ser possíveis facilitadoras para evitar sanções econômicas.

Embora o uso de criptomoedas para pagamentos domésticos continue proibido na Rússia, as autoridades estão empenhadas em expandir o uso desses ativos para negociações internacionais. A Chainalysis observa que essas iniciativas de blockchain, incluindo possíveis parcerias com a comunidade BRICS e um projeto de stablecoin lastreada em ouro em colaboração com o Irã, refletem a busca da Rússia por alternativas ao comércio global baseado no dólar.

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Essas novas estratégias, no entanto, trazem desafios para investigadores que monitoram a tentativa russa de evadir sanções. Apesar disso, a transparência das transações em blockchain pode fornecer uma visão detalhada sobre as táticas adotadas pelo país.

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Clara Ventura é uma jornalista com quatro anos de experiência em cobertura de Bitcoin, criptomoedas, tecnologia blockchain e Web3. Graduada em Jornalismo e com pós-graduação em Jornalismo Digital, Clara combina sua paixão pelo mundo das criptomoedas com habilidades jornalísticas para produzir reportagens relevantes para um público amplo e diversificado.
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