- Banco do Povo da China (PBoC), deverá injetar cerca US$ 139 bilhões em liquidez na economia do país
- Logo após o comunicado oficial, o Bitcoin disparou e chegou a ultrapassar os US$ 97 mil, refletindo o aumento da demanda por ativos de risco
- Especialistas apontam que a combinação entre injeção de capital e flexibilização monetária cria um ambiente propício à valorização de ativos digitais
O Banco Popular da China (PBoC) anunciou uma medida robusta de estímulo monetário com potencial para impactar a economia global. A decisão, revelada em 7 de maio de 2025, inclui a redução de 0,5 ponto percentual no índice de compulsório bancário. Com isso, o governo chinês liberará aproximadamente US$ 139 bilhões em liquidez no sistema financeiro.
A ação visa impulsionar a economia nacional, que enfrenta pressões internas e incertezas externas, especialmente nas relações com os Estados Unidos. O anúncio teve efeitos imediatos nos mercados financeiros e influenciou diretamente o desempenho do Bitcoin.
Estímulo monetário chinês provoca reações imediatas no mercado global
Logo após o comunicado oficial, o Bitcoin disparou e chegou a ultrapassar os US$ 97 mil, refletindo o aumento da demanda por ativos de risco. Essa alta ocorreu em um contexto de expectativa quanto à possível retomada de estímulos monetários também nos Estados Unidos.
Nos dias anteriores, o Federal Reserve adquiriu US$ 34,8 bilhões em títulos públicos, o que reacendeu especulações sobre o retorno do afrouxamento quantitativo (QE). Segundo o The Kobeissi Letter, os futuros do S&P 500 subiram mais de 1% com essa notícia.
BREAKING: S&P 500 futures surge over +1% on news that US Treasury Secretary Bessent will meet with China's lead economic official this week. pic.twitter.com/MifMqNtwwD
— The Kobeissi Letter (@KobeissiLetter) May 6, 2025
Com os dois principais bancos centrais demonstrando disposição para ampliar a liquidez, os investidores passaram a buscar proteção em ativos alternativos. O Bitcoin, frequentemente considerado reserva de valor em momentos de incerteza, foi um dos principais beneficiários desse movimento. Especialistas apontam que a combinação entre injeção de capital e flexibilização monetária cria um ambiente propício à valorização de ativos digitais.
Além disso, analistas observaram que a alta no preço do Bitcoin pode indicar uma antecipação do mercado quanto a mudanças nas políticas monetárias globais. Mesmo sem confirmação de novas rodadas de QE por parte do Fed, os investidores já estão ajustando suas carteiras diante de sinais cada vez mais evidentes de flexibilização monetária.
China busca reativar crescimento e controlar impactos da desaceleração econômica
A medida adotada pelo Banco Popular da China busca responder a desafios persistentes, como a desaceleração do setor imobiliário e o enfraquecimento do consumo interno. O governo também enfrenta pressões geopolíticas, especialmente na relação com os Estados Unidos. Para lidar com esses obstáculos, o país tem adotado uma política mais ativa de estímulo.
Além da redução do compulsório, a China também implementou cortes em taxas de juros de curto prazo e linhas de crédito direcionadas a setores como habitação, cuidados com idosos e indústria automotiva. Essas ações têm o objetivo de estimular investimentos e manter a estabilidade do crescimento econômico.
Enquanto isso, os mercados aguardam os próximos passos do Federal Reserve. A expectativa é que o banco central americano mantenha as taxas estáveis, mas investidores seguem atentos a qualquer sinal de mudança. Caso haja confirmação de uma nova fase de estímulos, o Bitcoin e outros ativos digitais poderão ganhar ainda mais impulso no cenário global.