O bilionário exilado chinês e líder da Himalaya Exchange, Ho Wan Kwok, também conhecido como Miles Guo, Guo Wengui e Miles Kwok, foi acusado de uma série de crimes relacionados à organização criminosa e corrupção, totalizando um golpe de US$ 1 bilhão envolvendo Bitcoin e criptomoedas.
Kwok, juntamente com King Ming Je (também conhecido como William Je e Yu Jianming) e Yanping Wang, foi acusado de conspiração para fraudar, lavagem de dinheiro, fraude bancária, fraude de títulos, fraude eletrônica, entre outros crimes, em conexão com a Himalaya Exchange.
Os fundos supostamente arrecadados pela empresa foram utilizados em investimentos milionários, incluindo hedge funds, imóveis, veículos de luxo como Ferrari e Bugatti, uma mansão avaliada em $36.5 milhões, além de um iate de $27 milhões, entre outras despesas extravagantes.
A Himalaya Exchange alegava ser um ecossistema de ‘criptomoedas’, apresentando a Himalaya Dollar e a Himalaya Coin. No entanto, a estrutura não era verdadeiramente uma plataforma de criptomoedas, operando com um banco de dados interno em vez de uma blockchain pública. O comércio dessas moedas era exclusivo na Himalaya Exchange.
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Bitcoin
Kwok prometia compensar qualquer usuário que perdesse dinheiro, alegando ainda que cada moeda possuía um lastro de 20% em ouro, garantindo seu valor.
Além disso, os líderes da empresa teriam deturpado atividades relacionadas ao token, como a aquisição de um carro de luxo usando Himalaya Dollars, quando na verdade a compra foi feita por transferência bancária, evidenciando desvio de fundos.
A GTV, fundada em colaboração com o estrategista Trump Steve Bannon, também foi acusada pela SEC por emitir títulos não registrados. Alegava-se que G-Coins e G-Dollars seriam utilizados em um “sistema de pagamento blockchain”, mas não havia evidências de tal blockchain.
A fraude, envolvendo centenas de milhões de dólares, abrangia contas em bancos nos EUA, Bahamas, Suíça e Emirados Árabes Unidos, demonstrando uma complexa lavagem de dinheiro que utilizava uma rede de aproximadamente 500 contas em nome de 80 entidades diferentes.
Este caso se destaca como mais uma instância de fraude milionária e lavagem de dinheiro, evidenciando o uso questionável das criptomoedas para disfarçar operações ilegais.