A exchange norte-americana de criptoativos, Coinbase, anunciou que uma nova leva de demissões.
Mais uma vez a justificativa para as demissões são o mercado em baixa dos criptoativos.
Esta situação está levando a exchange a captar menos taxas de transação, levou à perda de clientes, e à queda do preço de suas ações na Bolsa de Valores.
Demitirá 950 funcionários
A Coinbase informou que fará um novo corte de cerca de 20% no número de funcionários.
De acordo com a exchange, 950 funcionários serão demitidos, o que trará a princípio um custo de US$ 163 milhões com indenizações.
Os cortes serão feitos aos poucos, e deverão se encerar até o final do primeiro semestre do ano.
Em junho do ano passado a Coinbase já havia demitido mais de 1.000 funcionários.
E em novembro do ano passado a empresa demitiu uma pequena quantidade de funcionários, cerca de 60 cargos das áreas de departamento de pessoal e departamento de adequação institucional.
Atualmente a empresa possui mais de 4.600 funcionários.
Desde a metade do ano passado a exchange havia suspendido novas contratações, e também seu programa de expansão planejada.
As medidas não fizeram tanto efeito, e além disso a exchange passou por outros problemas durante os últimos meses que lavaram a esta decisão de cortar mais gastos.
Recentemente a Coinbase perdeu ação legal nos Estados Unidos e foi condenada a pagar US$ 100 milhões por não cumprir regras contra a lavagem de dinheiro (regras AML).
Também sofreu com erros em sua plataforma que levou a perdas financeiras, suspendeu o lançamento de uma trilogia com a coleção de NFTs, Bored Ape; respondeu pelo crime de ‘insider trading’, e a sua plataforma de negociação de NFTs que foi lançada ano passado foi um fiasco.
Além disso, a agência de classificação de crédito, Moody`s, rebaixou em junho do ano passado a classificação da Coinbase devido à situação da empresa e do mercado de criptoativos.
De acordo com o CEO da Coinbase, Brian Armstrong, a administração da empresa precisava cortar mais custos para se preparar para eventuais ocorrências negativas do mercado, e era impossível fazer isso sem cortar funcionários.