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Conversão de Ethereum para dólar atinge recordes em meio a liquidações em DeFi

Por Clara Ventura
Foto: Dall-e 3

O mercado de criptomoedas passou por uma fase de intensa volatilidade recentemente. Isso resultou em um volume recorde de conversões de Ethereum (ETH) para dólar americano (USD). Esse movimento teve como fator impulsionador uma série de liquidações em massa dentro do setor de finanças descentralizadas (DeFi), gerando preocupações sobre a estabilidade das plataformas descentralizadas sob condições de mercado extremas.

No final de agosto de 2024, os volumes diários de conversão de ETH para USD atingiram um pico histórico. O volume ultrapassou a marca de US$ 20 bilhões em um único dia. Para efeito de comparação, nos meses anteriores, os volumes diários de conversão variavam entre US$ 5 bilhões e US$ 8 bilhões. Isso demonstra a magnitude do aumento recente.

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Esse crescimento expressivo é resultado direto de liquidações em cascata dentro do DeFi, onde posições alavancadas foram fechadas forçadamente, levando investidores a converterem rapidamente seus ativos em USD para proteger seu capital.

Problemas em DeFi e conversões de Ethereum

O setor DeFi, que vinha sendo celebrado como uma inovação transformadora no sistema financeiro, agora enfrenta um teste rigoroso. Protocolos populares de empréstimos e outros serviços financeiros descentralizados tiveram que liquidar grandes quantidades de garantias, principalmente compostas por Ethereum.

Essas liquidações ocorreram devido a uma queda abrupta no preço do ETH, que despencou mais de 30% em poucos dias. Essa queda resultou de fatores macroeconômicos, incluindo pressões regulatórias e uma venda generalizada no mercado.

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O impacto dessa onda de conversões foi sentido não apenas no mercado de Ethereum, mas também em toda a infraestrutura DeFi. A queda no valor das garantias resultou em liquidações automáticas, onde as garantias, majoritariamente em ETH, foram vendidas rapidamente para cobrir os valores devidos, aumentando ainda mais a pressão de venda no mercado.

As condições macroeconômicas também desempenharam um papel crucial nesse cenário. Afinal, as recentes ações do Federal Reserve dos Estados Unidos, com o aumento das taxas de juros para controlar a inflação, geraram um sentimento de aversão ao risco nos mercados globais, afetando severamente as criptomoedas.

Além disso, o crescente escrutínio regulatório, com a SEC dos EUA tomando medidas contra alguns projetos DeFi, adicionou uma camada extra de incerteza, levando investidores a buscar refúgio em ativos mais estáveis.

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Clara Ventura é uma jornalista com quatro anos de experiência em cobertura de Bitcoin, criptomoedas, tecnologia blockchain e Web3. Graduada em Jornalismo e com pós-graduação em Jornalismo Digital, Clara combina sua paixão pelo mundo das criptomoedas com habilidades jornalísticas para produzir reportagens relevantes para um público amplo e diversificado.
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