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Depois do DeFi, Depin e IA, agora é a vez do DesCi

Por Luciano Rodrigues
Foto: Dall-e 3

Após o grande sucesso de iniciativas baseadas em finanças descentralizadas (DeFi), infraestrutura descentralizada (Depin) e inteligência artificial (IA), a nova tendência no mundo das tecnologias emergentes é a ciência descentralizada, conhecida como DesCi.

O conceito ganhou força com o recente investimento da Andreessen Horowitz (a16z), uma das maiores firmas de capital de risco, no projeto de DesCi AminoChain. A a16z liderou uma rodada de financiamento inicial de US$ 5 milhões, com o objetivo de transformar a coleta e o compartilhamento de dados médicos por meio da tecnologia blockchain.

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AminoChain promete trazer “propriedade, transparência e consentimento” para o campo da coleta de dados médicos, segundo Arriana Simpson, sócia geral da a16z, que anunciou o investimento no X (antigo Twitter).

A startup está desenvolvendo uma “biobanco descentralizado” e uma rede Layer 2 que conectará instituições médicas interessadas em compartilhar dados enquanto preservam a privacidade dos pacientes.

O site da AminoChain explica que as instituições médicas podem instalar o software “Amino Node”, que se integra com a infraestrutura tecnológica já existente. O software harmoniza e padroniza os dados, tornando-os interoperáveis em uma rede de colaboradores. Dessa forma, desenvolvedores e pesquisadores podem acessar dados de diversas fontes e construir aplicações centradas no paciente.

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“O Node software garante neutralidade e credibilidade à rede, permitindo a coleta de dados de múltiplas instituições médicas de maneira descentralizada”, afirma a empresa.

DesCi

A primeira aplicação a ser construída na AminoChain será um marketplace peer-to-peer chamado Specimen Center. O marketplace oferecerá uma vasta coleção de amostras biológicas, como tecidos humanos, que poderão ser usados em pesquisas científicas.

“O Specimen Center permitirá que biobancos concedam permissão para que pesquisadores acessem suas coleções de amostras e busquem ativos de pesquisa disponíveis. Entre as instituições, os usuários poderão simplificar acordos de licenciamento, rastrear o uso de amostras e manter a proveniência completa das amostras em uma rede interoperável de biobancos”, explica a AminoChain.

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O projeto já havia levantado US$ 2 milhões em uma rodada de financiamento anterior, totalizando agora US$ 7 milhões em investimentos. Essa soma reflete o crescente interesse de investidores em soluções baseadas em blockchain voltadas para o setor de saúde, especialmente aquelas que buscam resolver problemas de privacidade e interoperabilidade de dados.

O DesCi, ou ciência descentralizada, é um conceito emergente que visa transformar a forma como a ciência é conduzida e financiada. Ao utilizar blockchain, o DesCi busca tornar a pesquisa científica mais aberta, incentivada e impulsionada pela comunidade. A tecnologia pode facilitar o acesso a dados e amostras biológicas, ao mesmo tempo em que oferece maior segurança e transparência em cada etapa do processo de pesquisa.

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Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.
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