Deribit mira entrada nos Estados Unidos com cenário regulatório favorável para criptoativos

CEO do Morgan Stanley revela planos para entrar no mercado cripto nos EUA
Imagem: Dall-e
  • A Deribit está avaliando entrar no mercado dos Estados Unidos
  • Com mudanças recentes na postura do governo, o país volta a atrair grandes empresas do setor
  • De acordo com CEO da empresa, a expansão pode permitir o atendimento à crescente demanda local por produtos de derivativos cripto

A Deribit, líder global em derivativos de criptomoedas, está avaliando expandir suas operações para o mercado dos Estados Unidos. A iniciativa surge em um momento em que o ambiente regulatório norte-americano demonstra sinais de flexibilização. Com mudanças recentes na postura do governo, o país volta a atrair grandes empresas do setor, que buscam segurança jurídica e novas oportunidades comerciais.

Governo Trump adota postura favorável ao setor cripto

Durante a administração anterior, liderada por Joe Biden, o setor de criptomoedas enfrentou diversas dificuldades regulatórias. Logo após a queda da exchange FTX, agências como a SEC e o Departamento de Justiça endureceram o cerco contra empresas do setor. Várias delas, incluindo a própria Deribit, passaram a operar fora do território norte-americano.

Contudo, o retorno de Donald Trump à presidência trouxe uma guinada. Sob sua liderança, a SEC arquivou mais de uma dúzia de processos relacionados a criptoativos. Além disso, o Departamento de Justiça dissolveu a força-tarefa criada especificamente para fiscalizar o setor. Esse novo posicionamento gerou otimismo entre investidores e executivos, que passaram a considerar os EUA como um ambiente mais amigável para negócios com ativos digitais.

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O próprio Trump e sua família demonstraram interesse direto nas criptomoedas. Além de investirem em stablecoins, também participaram de iniciativas relacionadas à mineração de Bitcoin. Inclusive, o presidente manifestou apoio à criação de um mercado cripto mais estruturado, posicionando os Estados Unidos como centro global de inovação financeira.

Empresas globais se reposicionam com foco no mercado americano

Com esse novo cenário, a Deribit passou a reavaliar ativamente uma possível entrada no mercado dos Estados Unidos. De acordo com Luuk Strijers, CEO da empresa, a expansão pode permitir o atendimento à crescente demanda local por produtos de derivativos cripto. Em 2023, a empresa processou cerca de US$ 1,3 trilhão em volume notional.

“a recente mudança em direção a uma postura regulatória mais favorável às criptomoedas nos EUA”, disse Luuk Strijers ao Financial Times.

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Outras exchanges seguem a mesma tendência. A OKX anunciou recentemente a instalação de uma sede em San Jose, Califórnia. Já a Nexo, que deixou os EUA em 2022, revelou planos de retorno. Ainda nesse movimento, a Wintermute e a DWF Labs também consideram abrir operações no país.

Mesmo com esse novo impulso, desafios persistem. A oferta de produtos derivados nos EUA exige licenciamento e adaptação a regulamentações específicas. Por isso, muitas empresas analisam a possibilidade de manter operações híbridas, atuando tanto dentro quanto fora do país.

A expansão da Deribit para os Estados Unidos simboliza uma nova fase do setor. A convergência entre políticas favoráveis e interesse empresarial poderá redefinir o protagonismo americano no ecossistema global de criptomoedas.

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Carlos Schuabb, conhecido como Papa no mercado, é redator do Bitnoticias desde julho de 2023, mas ele não começou assim: Iniciando no mercado cripto em 2018, no evento Bitconf, com o tempo se estabeleceu como um entusiasta dedicado, especialmente no que diz respeito ao universo cripto. Ele tem sido uma figura confirmada na organização de todas as edições do BITSAMPA, um evento de prestígio no cenário cripto em São Paulo.
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