Descentralizada? Trump diz que vai dominar a Solana

Donald Trump exige grande corte de juros do governo federal
  • WLFI de Trump quer transformar Solana em centro financeiro cripto.
  • Parceria com Bonk e Raydium impulsiona a stablecoin USD1.
  • Comunidade debate risco de centralização e influência política.

A World Liberty Financial (WLFI), apoiada pelo ex-presidente norte-americano Donald Trump, anunciou uma ousada expansão de sua stablecoin USD1 na rede Solana. Isso será feito por meio de parcerias com as plataformas Bonk.fun e Raydium. O movimento reacende o debate sobre o grau de descentralização das finanças sobre blockchains.

A WLFI comunicou no dia 5 de novembro que reconstrói o ecossistema Solana em colaboração com Bonk.fun e Raydium. Essa ação faz parte de sua missão de “impulsionar a adoção do USD1”. O pacto coloca a Solana — famosa por velocidade e memes — como palco central para a stablecoin. Até então, a moeda circulava em ambientes mais amplos.

Na essência, a iniciativa implica que o USD1 ingresse fortemente na “camada DeFi principal” da Solana. A Bonk.fun servirá como plataforma de lançamento de memecoins pareadas à USD1. Além disso, Raydium oferecerá profundidade de liquidez via pools de mercado automatizados (AMM).

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A WLFI afirmou que já adquiriu unidades do USD1 para reservas estratégicas, sem revelar o montante exato, o que reforça o caráter institucional da operação.

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Trump e Solana

Assim, para o ecossistema da Solana, essa movimentação representa uma mudança significativa. Até o momento, a stablecoin dominante na rede era a USDC. Ela responde por mais de US$ 9 bilhões dos cerca de US$ 14,12 bilhões em stablecoins no sistema Solana. Essas informações são segundo a fonte DeFiLlama. A entrada robusta do USD1 aponta para uma disputa direta por participação, liquidez e domínio cultural.

Por outro lado, especialistas levantam algumas questões em relação à descentralização real da rede. A presença de um projeto apoiado por Trump e apoiado institucionalmente pode trazer pressões políticas. Além disso, podem surgir sinais de centralização de poder, que contrastam com os ideais originais de blockchain como mecanismo distribuído e livre de controle central.

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Ainda assim, o time da WLFI apresenta o plano como uma estratégia de reinvenção: combinar “comunidade de memecoins” com liquidez séria e estabilidade monetária. Essa fusão de cultura digital, finanças e poder institucional poderia redefinir o papel da Solana no cenário cripto global — seja como modelo de “rede aberta” ou como experimento de governança híbrida.

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Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.
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