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DREX, o ‘Ethereum’ do Banco Central do Brasil, vai mudar a economia do país, diz analista

Por Luciano Rodrigues
Foto: Dall-e 3

Nos últimos anos, a digitalização financeira fez com que diversos países investissem na criação de suas CBDC, moeda digital do banco central. Basicamente, trata-se de uma versão virtual da moeda do país, usada para realizar compras, estipular o valor de um produto, guardar para o futuro, entre outras finalidades.

Para se ter uma noção de como as moedas digitais representam o futuro do mercado financeiro, um total de 130 países, que juntos representam 98% do PIB global, estão atualmente explorando essa tecnologia em seus respectivos bancos centrais, segundo estudo do Atlantic Council dos Estados Unidos, um think tank de relações internacionais.

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O Brasil não está fora desta tendência. O país está testando sua nova moeda digital, o DREX, uma inovadora representação digital da moeda oficial do Brasil, o Real. O Banco Central do Brasil já anunciou que os testes do Drex utilizam o Hyperledger Besu, compatível com EVM, fazendo do ativo digital uma espécie de “Ethereum” do Banco Central.

Jonatas Montanini, CGO e Co-Founder da Zuvia, explica que, o Drex emerge como uma representação digital do mundo físico, operando e sendo supervisionado sob a tutela do Bacen e garantido pela segurança do blockchain. Esta moeda digital mantém uma equivalência direta com o real, adotando a relação fixa de 1 para 1 (R$ 1 = RD$ 1).

Drex

Além de digitalizar o Real, a ideia do Banco Central é avançar na tokenização do sistema. É importante diferenciar a digitalização de moedas, que se refere a uma conversão direta do formato físico para o digital, ou seja, 1 Drex será sempre igual a 1 real, da tokenização que é a transformação de bens e direitos em representações digitais, ou tokens, dentro de uma blockchain.

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Assim, o impacto do DREX na tokenização é proeminente e tem grande potencial para impulsioná-la, uma vez que introduz uma forma digitalizada do Real. Segundo Montanini, a plataforma oferece uma estrutura robusta para a criação e negociação de tokens representativos da moeda brasileira, promovendo a digitalização dos ativos financeiros de forma mais ampla.

Ao oferecer uma solução inovadora, ele pode catalisar a aceitação e integração de ativos financeiros tokenizados, facilitando transações e promovendo a inclusão financeira.

Ele destaca que a tokenização do sistema financeiro nacional com o DREX pode agilizar substancialmente as transações. A representação digital da moeda simplifica processos, proporcionando eficiência e praticidade, além de reduzir os custos associados às transações financeiras.

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“Além disso, a infraestrutura do Banco Central foi desenvolvida considerando a transição para o formato digital. Sua compatibilidade com estruturas de tokens existentes garante uma transição suave, promovendo a interoperabilidade e estabelecendo as bases para um ecossistema financeiro digital coeso e modernizado”, finaliza.

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Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.
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