- CME já oferece futuros de SOL e lançará opções em 13 de outubro.
- Novos padrões da SEC aceleram aprovações de ETFs além de Bitcoin e Ether.
- Para superar o ETH, Solana precisa de uso real, demanda contínua e expansão de desenvolvedores.
Solana se aproxima de um marco histórico
A possível aprovação de um ETF à vista de Solana (SOL) nos Estados Unidos pode redefinir o equilíbrio entre as maiores redes blockchain. Enquanto o Ether (ETH) já iniciou sua jornada com ETFs em 2024, a Solana se prepara para um passo decisivo, apoiada por uma infraestrutura de mercado que cresce rapidamente.
A Bolsa de Chicago (CME) lançou contratos futuros de Solana em março de 2025 e deve estrear as opções em 13 de outubro, fortalecendo as bases para um ETF nos EUA. Além disso, as novas regras da SEC — conhecidas como generic listing standards — simplificam o processo de aprovação de ETFs de ativos digitais, ampliando o espaço além de Bitcoin e Ethereum.
Fora dos EUA, a Solana já aparece em produtos regulados, como o ETF da 3iQ no Canadá e o ETP da 21Shares na Europa, sinalizando forte interesse institucional global.
O que os ETFs de Ether mudaram
Os ETFs de Ether começaram a ser negociados em julho de 2024, movimentando US$ 1 bilhão no primeiro dia e registrando US$ 107 milhões em entradas líquidas. O sucesso inicial mostrou apetite por exposição institucional, mas os fluxos permaneceram cíclicos. A ausência de staking ainda limita o retorno comparado à posse direta de ETH.
Segundo a CoinShares, “os ETFs tornaram o Ether mais acessível, mas não mudaram os ciclos de mercado”.
Solana cresce em uso, receita e liquidez
Em 2025, a Solana consolidou-se entre as redes mais ativas. No segundo trimestre, gerou US$ 271 milhões em receita e igualou o número de endereços ativos mensais das principais blockchains.
O volume de transferências de stablecoins saltou para US$ 59,2 bilhões em janeiro, com o saldo de USDC atingindo US$ 9,35 bilhões. O total de stablecoins na rede dobrou no início do ano, alcançando US$ 11,7 bilhões.
Mesmo assim, o Ethereum ainda domina 54% das movimentações com stablecoins. Além disso, a Solana enfrenta riscos de estabilidade e incertezas regulatórias quanto à classificação de seu token.
O impacto de um ETF da Solana
Um ETF da Solana abriria caminho para corretoras tradicionais, fundos de pensão e consultores registrados. Com derivativos listados na CME, o mercado teria mais ferramentas de proteção e liquidez. O desempenho de produtos como o Solana Staking ETF (SOLQ) já mostra que há demanda sólida.
Se aprovado, o ETF da Solana pode impulsionar o preço e consolidar a rede como rival direta do Ethereum — desde que o fluxo financeiro se traduza em uso real e crescimento sustentável.