- DEXs crescem mesmo após ataque milionário à Hyperliquid.
- Investidores mantêm confiança nas trocas descentralizadas.
- Caso Hyperliquid reforça debate sobre segurança e governança.
As exchanges descentralizadas (DEXs) seguem em alta, mesmo após o ataque que expôs fragilidades na Hyperliquid. O setor mantém tração com investidores em busca de autonomia e controle direto dos ativos. A proposta de negociação sem intermediários continua a atrair usuários.
Nem mesmo a exploração de US$ 6,2 milhões freou o crescimento das DEXs nos últimos meses. Porém, o mercado absorveu o impacto com rapidez e mostrou resiliência. Plataformas descentralizadas seguem ganhando espaço frente às exchanges centralizadas.
Baleia lucra milhões com falha da Hyperliquid
No final de março, uma baleia de criptomoedas aproveitou falhas no protocolo da Hyperliquid e lucrou mais de US$ 6 milhões. A operação envolveu a memecoin Jelly my Jelly (JELLY) e expôs brechas nos parâmetros de liquidação da plataforma. A Cointelegraph divulgou o caso no dia 27, revelando a manipulação em um momento de maior visibilidade para a exchange.
Esse foi o segundo grande incidente na Hyperliquid no mês. Porém, o cofundador da CoinGecko, Bobby Ong, afirmou que a comunidade agora levanta suspeitas sobre uma possível coordenação entre grandes players. Ele citou o episódio como um exemplo de como listagens em grandes plataformas, como Binance e OKX, podem alimentar ataques.
Apesar disso, a Hyperliquid mantém relevância no mercado. Porém, a DEX ocupa o oitavo lugar entre as bolsas de futuros perpétuos, superando nomes conhecidos como Kraken, HTX e BitMEX.
Usuários exigem descentralização real
O impacto do ataque levanta uma discussão maior sobre os limites da descentralização. A resposta da Hyperliquid ao ataque gerou críticas por supostamente contrariar o espírito descentralizado. Para Ryan Lee, analista da Bitget Research, medidas que soam centralizadoras podem minar a confiança em novas DEXs.
Porém, mesmo com o episódio, o mercado de DEXs continua aquecido. Investidores buscam autonomia, menores taxas e maior controle sobre os ativos. Esse apelo mantém as DEXs em crescimento, mesmo diante de falhas pontuais.
Além disso, as lições do caso Hyperliquid fortalecem o debate sobre segurança, governança e transparência em plataformas descentralizadas. E, ao que tudo indica, o setor segue firme com ou sem exploração milionária.