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GBTC e DCG as siglas que podem levar o Bitcoin para US$ 1 mil

Por Luciano Rodrigues
Foto: kstudio / Freepik

O Grayscale Bitcoin Trust (GBTC) pode sofrer pressão de venda devido à venda de ações pela Digital Currency Group (DCG). A empresa de empréstimo com criptomoedas Genesis, pertencente ao grupo DCG, e deve US$ 900 milhões aos usuários do produto “Earn” da Gemini e as duas empresas estão envolvidas em um longo conflito que pesa fortemente sobre o humor do mercado e o principal criptoativo, o Bitcoin.

A Genesis, empresa de empréstimo com criptomoedas pertencente à Digital Currency Group, anunciou a necessidade de uma injeção de liquidez de US$ 1 bilhão após a crise de FTX e Alameda em 2022. A exchange Gemini, cofundada por Cameron e Tyler Winklevoss, está lutando para recuperar US$ 900 milhões em ativos de usuários da Genesis, que estavam alocados no produto “Earn” da empresa.

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Este produto, por sua vez, tinha os ativos custodiados na Genesis que os usava para fornecer liquidez em empréstimos e pagar juros aos credores. A exchange acusa a Genesis de fraude após várias tentativas fracassadas de recuperar os fundos usados ​​para gerar rendimento para os clientes do produto “Earn”.

A disputa entre as duas empresas continua sem solução e cresceu, pesando fortemente sobre o Bitcoin e os participantes do mercado. Segundo a analista Ekta Mourya dois cenários principais podem se desenrolar, com resultados diferentes para os usuários “Earn” da Gemini e para a Genesis.

Queda pela frente

No primeiro cenário, a analista aponta que o grupo DCG que possui quase 10% das ações do Grayscale Bitcoin Trust e uma venda destas ações podem aumentar o Bitcoin vendido com desconto no GBTC e, com isso gerar uma nova pressão de venda no mercado de varejo para o BTC. Portanto, o Bitcoin pode voltar para US$ 16 mil e até mais abaixo.

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Porém ela aponta que o segundo cenário é ainda pior e pode trazer uma crise ainda mais aguda do que a causada pela FTX.

“O DCG detém aproximadamente 67 milhões de ações e o volume diário de negociação é inferior a 4 milhões de ações por dia. No entanto, a DCG não pode vender mais de 1% das ações em circulação a cada trimestre e isso retarda a venda da empresa de capital de risco para um cronograma de 2,5 anos. Portanto isso pode atrasar os planos do DCG de angariar capital para cobrir suas dívidas e, uma falência no DCG, que é o maior grupo de empresas de criptomoedas do mercado, pode ser 10 vezes pior do que a da FTX”, finaliza.

Diante de um cenário catastrófico como o apontado acima a analista diz que o Bitcoin poderia facilmente voltar para US$ 1 mil.

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Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.
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