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Genesis pede falência, abrindo nova crise no mercado de Bitcoin

Por Luciano Rodrigues
Foto: Genesis / Antonioli - Freepik

O contágio da falência da FTX continua a afetar as empresas de criptomoedas e fez uma nova vítima: a Genesis Global Trading, uma das principais corretoras de criptomoedas dos Estados Unidos.

A empresa anunciou, nesta sexta 20, sua decisão de entrar com pedido de falência. Assim como a FTX a Genesis irá pedir falência seguindo o rito do Cápitulo 11. A empresa foi acusada pela Securities and Exchange Commission (SEC) americana de atuar irregularmente no mercado de valores mobiliários.

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A Genesis faz parte do Digital Currency Group (DCG), um conglomerado de mais de 200 empresas envolvidas com criptomoedas. A insolvência da empresa está relacionada à falência da FTX, que ocorreu em novembro passado sob acusações de fraude. A Genesis havia sido criada originalmente como uma mesa de negociação de Bitcoin “over the counter” (OTC), permitindo o comércio de grandes quantidades de criptomoedas.

 

No início deste mês, a empresa anunciou que estaria demitindo 30% de seus funcionários, levando-a a contar com 145 funcionários.

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“Esperamos avançar nossa conversa com o DCG e os conselheiros de nossos credores enquanto buscamos implementar um caminho para maximizar o valor e fornecer a melhor oportunidade para que nossa empresa surja bem posicionada para o futuro”, disse o CEO interino da Genesis, Derar Islim, em um comunicado.

Efeito dominó

A Genesis também havia sido atingida pela queda de outra empresa de criptomoedas, a Three Arrows Capital, que faliu em junho do ano passado. A empresa afirmou que perdeu US$ 1,2 bilhão com a queda da Three Arrows, que, por sua vez, foi derrubada pelo colapso do ecossistema Terra (LUNA) em maio do ano passado.

 

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Agora, a falência da Genesis pode impactar outras empresas e, uma das mais afetadas pode ser a Gemini, propriedade dos ex-remadores olímpicos Cameron e Tyler Winklevoss. A empresa dos Winklevoss perdeu US$ 900 milhões em ativos de clientes que aderiram ao produto “Earn” que era custodiado com a Genesis.

Cerca de 340 mil usuários do Earn não têm acesso a seus fundos desde novembro e agora, com a falência da Genesis ele não terão acesso tão cedo aos seus recursos. Isso pode causar problemas e processos na Gemini que pode ser a próxima empresa afetada pela crise de credibilidade no mercado cripto.

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Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.
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