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Goldman Sachs reduz risco de recessão nos EUA para 20%, o que isso significa para o Bitcoin?

Por Luciano Rodrigues
Foto: Dall-e 3

Em uma análise recente divulgada em 17 de agosto, o Goldman Sachs, uma das maiores instituições financeiras do mundo, revisou para baixo a probabilidade de uma recessão nos Estados Unidos no próximo ano, reduzindo-a de 25% para 20%. Esta mudança de perspectiva foi motivada por dados recentes que indicam um fortalecimento da economia americana, como o aumento nas vendas no varejo e uma queda significativa nos pedidos de seguro-desemprego.

Segundo o economista chefe do Goldman Sachs, Jan Hatzius, há uma confiança crescente de que o Federal Reserve (Fed) dos EUA poderá cortar as taxas de juros em 0,25% na próxima reunião de setembro.

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No entanto, ele também ressalta que uma possível surpresa negativa no mercado de trabalho, especialmente com o relatório de empregos de agosto, previsto para 6 de setembro, pode mudar esse cenário, levando a um corte de até 0,5%.

A resposta imediata do mercado financeiro a essa revisão foi positiva, com as ações americanas registrando alta na semana passada, impulsionadas principalmente pelos robustos números de vendas no varejo de julho, que superaram as expectativas dos analistas.

Entretanto, o impacto no mercado de criptomoedas, particularmente no Bitcoin, é mais complexo. De acordo com Tony Sycamore, analista da IG Markets, a redução da probabilidade de recessão pelo Goldman Sachs é um “ajuste pequeno” e não deve gerar um aumento significativo nos fluxos de busca por ativos de risco, como criptomoedas. Isso sugere que, embora o mercado de ações possa responder positivamente a esses sinais, o Bitcoin pode não seguir o mesmo caminho de forma tão direta.

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Bitcoin

Markus Thielen, chefe de pesquisa da 10x Research, também compartilhou suas perspectivas, alertando que um possível corte de taxas pelo Fed pode inicialmente beneficiar o Bitcoin, mas com o risco de uma eventual recessão, a criptomoeda poderia sofrer uma correção, como visto em 2019. Naquele ano, o Bitcoin registrou uma alta de 20% após um corte de taxas em julho, apenas para encerrar o ano com uma queda de 35% em relação ao seu pico.

Apesar da redução na probabilidade de recessão, o cenário econômico dos Estados Unidos ainda apresenta incertezas. Bruce Kasman, economista-chefe global do JPMorgan, observou que há sinais de enfraquecimento na demanda por mão de obra, o que pode impactar negativamente a economia no médio prazo. Assim, o risco de recessão até o final de 2025 permanece em 45%, de acordo com as previsões do JPMorgan.

Essa combinação de fatores cria um ambiente de cautela tanto para investidores em ações quanto para aqueles no mercado de criptomoedas. O Bitcoin, em particular, continuará sob vigilância, com seus movimentos de preços altamente dependentes das decisões de política monetária do Fed e do desempenho geral da economia americana.

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Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.
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