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Inflação do Ethereum caiu pela metade mas as despesas do L2 dispararam

Por Luciano Rodrigues
Foto: Dall-e 3

O ecossistema Ethereum (ETH) está passando por mudanças significativas. Enquanto a inflação da criptomoeda caiu drasticamente, as despesas das redes de segunda camada (L2) dispararam, trazendo novos desafios para os usuários e desenvolvedores. Recentemente, as taxas da camada principal (L1) do Ethereum começaram a crescer, pressionando as L2, que dependem da L1 para registrar suas transações.

A inflação do Ethereum reduziu-se de 0,74% para 0,33% ao ano, resultado direto do aumento das queimas de tokens por conta das taxas de gás mais elevadas. Com o preço do gás subindo para 45 GWei, um aumento significativo em relação aos dias em que as taxas estavam abaixo de 1 GWei, o Ethereum está se tornando mais caro para operar, especialmente para as L2.

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Atualmente, cerca de 550 mil novos tokens ETH são gerados anualmente, um número muito menor em comparação com os 990 mil tokens que seriam produzidos antes da redução da inflação.

Crescimento nas taxas impacta o custo das redes L2

Enquanto a inflação do Ethereum está em queda, as redes L2 enfrentam um cenário de custos crescentes. As taxas de transação do Ethereum saltaram de menos de US$ 1 milhão por dia para US$ 7,98 milhões, criando um impacto direto no “aluguel” que as L2 precisam pagar para utilizar a L1. Esse aumento de despesas afeta diretamente a lucratividade das L2, que têm como objetivo oferecer transações rápidas e baratas.

O modelo de rollups utilizado pelas L2 para garantir a segurança e registrar as transações na camada principal está sendo desafiado pela necessidade de pagar altas taxas ao Ethereum. A cada bloco, os validadores do Ethereum estão recebendo mais de US$ 5 milhões em recompensas diárias, além de US$ 1,6 milhão em taxas de transação, refletindo o crescente custo de operar dentro desse ecossistema.

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Para muitas redes L2, o aumento das taxas coloca em xeque sua capacidade de escalar de forma sustentável. O desafio atual é encontrar o equilíbrio entre utilizar a segurança da camada L1 do Ethereum e manter as taxas acessíveis para os usuários finais. Algumas L2 já estão buscando alternativas, como camadas de disponibilidade de dados (DA) independentes, que podem ajudar a aliviar o peso das taxas ao registrar transações fora da L1.

Em um cenário em que o Ethereum continua a queimar tokens em ritmo acelerado e reduzir sua inflação, o futuro das L2 parece depender de como conseguirão adaptar suas operações e modelos econômicos. O equilíbrio entre manter taxas competitivas e garantir a segurança das transações se tornou o principal desafio para o crescimento contínuo do ecossistema Ethereum.

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Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.
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