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Justiça bloqueia critpomoedas de fundo cripto aprovado pela CVM no Brasil e usuários estão sem sacar ativos

Por Luciano Rodrigues
Foto: Dall-e 3

Usuários enfrentam dificuldades para sacar ativos de três fundos de investimento devido a um bloqueio imposto pela justiça brasileira. As operações dos fundos foram paralisadas, incluindo resgates e liquidação de cotas, após a Titanium Asset ser alvo de mandado da Polícia Federal.

A operação visava desmantelar uma suposta pirâmide financeira que utilizava instituições financeiras em um esquema de arbitragem com criptomoedas. Mandados foram cumpridos em várias cidades, incluindo Balneário Camboriú (SC), Palhoça (SC), Porto Alegre, Curitiba e São Paulo.

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O Structure, um fundo especializado em arbitragem de criptomoedas, buscava lucrar com distorções nos preços dos ativos sem assumir riscos direcionais. Já o Cripto Access, classificado como “aguado”, destinava até 20% do patrimônio ao Structure e o restante em títulos de renda fixa, sendo acessível a investidores de varejo.

O Galaxy, composto por criptomoedas como Bitcoin e Ethereum, além de projetos do setor, viu suas atividades interrompidas devido ao bloqueio. Este fundo era oferecido por plataformas como Órama e Warren.

Fundos cripto

Apesar dos retornos atrativos – com o Structure atingindo 24,20%, Cripto Access com 15,87% e Galaxy com 68,12% de rentabilidade neste ano -, a situação legal levou à paralisação das operações.

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A Titanium Asset afirmou que a ordem judicial foi equivocada, afetando um fundo com centenas de cotistas, e está trabalhando para reverter a decisão. A empresa enfatizou não estar envolvida na investigação e busca esclarecimentos sobre o caso apurado pela Polícia Federal.

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) esclareceu que o fundo Structure investe majoritariamente em Bitcoin e Ethereum, buscando minimizar a volatilidade por meio de operações nos mercados de derivativos.

A operação Ouranós, da Polícia Federal, resultou em 28 mandados de busca e apreensão, além de medidas cautelares contra 12 pessoas e mais de 50 empresas. Foram bloqueados cerca de R$ 400 milhões em bens, incluindo imóveis, veículos de luxo e alto luxo, contas bancárias e os três fundos de investimento. Os nomes não foram divulgados.

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Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.
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