A exchange de criptomoedas Kraken anunciou que irá retirar Monero (XMR), uma criptomoeda focada em privacidade, de sua lista de negociação para usuários na Irlanda e na Bélgica a partir de 10 de junho.
Esta ação segue os passos de outras grandes exchanges, como Binance e OKX, que também retiraram moedas de privacidade em resposta a crescentes preocupações regulatórias. A partir de 10 de maio, a Kraken suspenderá todas as negociações e depósitos de XMR, e os usuários deverão fechar suas posições em margem para evitar fechamentos forçados.
Pressão regulatória e repercussões no mercado
Esta decisão da Kraken é uma resposta direta à nova Regulação de Combate à Lavagem de Dinheiro da União Europeia (AMLR), que está prestes a receber aprovação formal no Parlamento Europeu e no Conselho da UE.
A regulamentação proíbe os prestadores de serviços de ativos cripto de oferecer contas para moedas de privacidade, prática que já é comum. A nova legislação, que deverá entrar em vigor no verão de 2027, intensifica o escrutínio sobre as moedas que oferecem anonimização incorporada, como é o caso do Monero.
Impactos futuros e adaptação do setor
O movimento de Kraken destaca um desafio crescente para as criptomoedas focadas em privacidade, que frequentemente enfrentam obstáculos regulatórios devido à sua capacidade de obstruir a transparência financeira.
A retirada de Monero e a conversão automática dos saldos remanescentes para Bitcoin refletem uma tendência onde exchanges precisam balancear as demandas do mercado com conformidade regulatória.
Este cenário poderia pressionar outras criptomoedas focadas em privacidade a adaptarem suas operações para se alinharem com as diretrizes regulatórias emergentes, potencialmente redefinindo o espaço de moedas de privacidade no ecossistema cripto.