Liquidação recorde expõe falhas críticas das exchanges – Alerta CEO da Backpack

Liquidação recorde expõe falhas críticas das exchanges - Alerta CEO da Backpack
  • $19 bilhões apagados afetaram 1,6 milhão de traders e expuseram falhas das CEXs.
  • Falta de liquidez aumentou perdas e gerou dúvidas sobre ADL e contas negativas.
  • Circuit breakers e soluções on-chain são necessárias para proteger usuários.

Na última sexta-feira, o mercado cripto sofreu a maior liquidação da história: $19 bilhões em posições alavancadas foram encerradas, atingindo 1,6 milhão de traders.

Além disso, a oscilação de $20 mil no preço do Bitcoin provocou um choque de $380 bilhões no valor total de mercado.

Liquidação recorde e vulnerabilidades das CEXs

Armani Ferrante, fundador e CEO da Backpack Exchange, comentou sobre os problemas críticos e alertou que são estruturais:

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“Nosso ponto fraco sempre foi não operar nosso próprio market maker. Quando a liquidez desaparece, mesmo com um sistema de risco funcionando, liquidar posições cria uma experiência ruim para todos.”

Segundo Ferrante, o problema central durante a liquidação foi a falta de liquidez, e não questões menores que acabaram viralizando nas redes sociais. Por isso, ele reforçou que a Backpack prioriza transparência e comunicação detalhada com os usuários, esclarecendo processos e evitando mal-entendidos:

“Exchanges são sistemas críticos de segurança. O FUD expõe fraquezas que devem ser corrigidas ou mal-entendidos que podem ser esclarecidos.”

Soluções e aprendizado: Vaults e circuit breakers

O CEO destacou soluções que já provaram eficácia em outras plataformas. Por exemplo, circuit breakers pausam negociações durante oscilações extremas, impedindo movimentos bruscos que poderiam prejudicar os traders. Ao mesmo tempo, vaults protegem liquidez e reduzem impactos de grandes liquidações, garantindo maior estabilidade no mercado.

Essas medidas, portanto, podem ajudar a minimizar riscos, melhorar a experiência do usuário e tornar o mercado mais resiliente a eventos extremos.

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Comparação entre CEXs e DEXs

Enquanto as CEXs enfrentam falhas estruturais, as DEXs (exchanges descentralizadas) têm se destacado pela transparência on-chain e liquidações verificáveis. Em 2025, contratos perpétuos em DEXs movimentaram mais de $2,6 trilhões, liderados por Hyperliquid e Aster. Isso demonstra que confiança e auditabilidade são cada vez mais valorizadas pelos traders.

Entretanto, especialistas alertam que mesmo DEXs não estão totalmente livres de riscos, especialmente quando oráculos e APIs falham, como ocorreu no flash crash da USDe, limitado a algumas exchanges. Portanto, tanto CEXs quanto DEXs precisam evoluir continuamente para reduzir vulnerabilidades.

Impactos e lições para o mercado

O evento evidencia que a liquidez deve ser programável e verificável. Portanto, exchanges centralizadas precisam adotar medidas que aumentem a transparência e protejam os usuários, enquanto protocolos DeFi e DEXs definem padrões de confiança e auditoria. Como consequência, os traders podem tomar decisões mais seguras e informadas.

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Ferrante resumiu a lição principal, destacando a prioridade do usuário:

“O que importa é o usuário e criar um ambiente para ele prosperar. Crises e FUD são oportunidades de aprendizado e de corrigir falhas críticas.”

Assim, a confiança no mercado cripto depende de código confiável e práticas transparentes, e não apenas de promessas de plataformas centralizadas. Em outras palavras, a segurança e a transparência são os pilares do futuro das exchanges.

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Adepto do DeFi e convertido à descentralização, deixei o sistema financeiro tradicional para viver a revolução cripto de dentro. Respirando blockchain, escrevendo sobre o que move o futuro — longe dos bancos, perto da liberdade.
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