O mercado dos criptoativos fechou a semana de 09 a 16 de junho em alta, com desempenho mais favorável a algumas altcoins. O fechamento poderia ter sido mais positivos, mas diversos fatores ainda assombram o mercado. A semana teve notícias importantes para o mercado, mas que ainda deverão ser vislumbradas no longo prazo, como o caso da SEC vs. Ripple, e ETFs de Bitcoin analisados pela SEC.
O Bitcoin fechou a vela do semanal em leve alta de +0,24% e acumula três semanas de lateralidade na região dos US$ 30.000. No momento desta redação o Bitcoin (BTC/USDT – Binance ) registrava perda de -1,98% no mês de julho, cotado em US$29.866. A dominância da criptomoeda está em 48,6% do mercado, domínio este perdido em parte pelas altas da XRP, ADA, MATIC, SOL, UNI, entre outras altcoins.
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Semana empolgante fecha com correção de preços
O mercado dos criptoativos fechou em alta a última semana apoiada pelas altcoins que se beneficiaram com decisão favorável à Ripple no caso com a SEC dos EUA. O ‘grande salto’ de muitas altcoins resultou em alta na volatilidade e no crescimento do volume de negociações dentro do mercado.
Na quinta-feira (13) a capitalização total do mercado de criptoativos chegou a crescer cerca de US$ 90 bilhões com as altas do Bitcoin e Ether, mas principalmente de altcoins relacionadas a processos da SEC contra a Ripple, Binance e Coinbase. Mas no final da semana devolveu praticamente todo o ganho com as correções de preço.
A XRP chegou a subir 100%, enquanto criptoativos como a MATIC (Polygon), SOL (Solana), BNB (Binance), ADA (Cardano), DOGE (Dogecoin), XLM (Stellar) chegaram a subir entre 10% a 35% e ajudaram na alta do mercado.
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O ponto é que as altas seguiriam a uma forte correção que recuaram o preço, em média, em -15%. O Bitcoin, por exemplo, registrou a máxima do ano em US$ 31.800, mas devolveu toda a alta de +4,2% do dia 13 e caiu cerca de -5,3% desde então, performando no momento desta edição abaixo da abertura da quinta-feira (13). Já o Ether (ETH), que havia voltado acima dos US$ 2.000, está cotado em US$ 1.891, praticamente -7% abaixo da alta registrada no dia 13.
Expectativas para o mercado de criptoativos
O mercado cripto respondeu positivamente nas últimas duas semanas com evoluções dos investimentos em ETF de Bitcoin e com a vitória parcial da Ripple sobre a SEC dos EUA. Também devido às variações do preço do dólar no mercado forex.
No caso da Ripple, os investidores continuam na expectativa de que a SEC recorra junto ao Tribunal distrital de Nova York. O ex-advogado da SEC, Reed Stark, disse que a decisão do Tribunal é ‘instável e suscetível de ser apelada e possivelmente revertida’, alertando a comunidade cripto contra celebrações precipitadas.
No meio da semana passada o índice do dólar caiu para 99,26 devido à inflação mais lenta nos Estados Unidos em dados apresentados pelo governo. Este dado gerou expectativas de um fim antecipado do ciclo de aperto monetário do Federal Reserve dos EUA o que também empolgou o mercado cripto.
Mas no final da semana os índices acionários fecharam na zona negativa empurrados por dados de inflação ao consumidor e produtor, o que reduziu de certa forma o otimismo do mercado nos últimos dois dias, inclusive o dos criptoativos.
De acordo com especialistas, o dólar está sendo pressionado pela queda dos índices de preços ao consumidor e ao produtor, que levaram a perdas significativas da moeda no final da semana passada, o que também afetou o mercado. Aparentemente o dólar permanece vulnerável mantendo o sentimento de risco e da queda dos rendimentos do Tesouro dos EUA.
As expectativas de um novo aumento dos juros pelo FED dos EUA diminuíram agora em julho. A próxima reunião para divulgação da taxa de juros será em setembro, e até lá dois relatórios sobre a inflação poderão influenciar os mercados.
Por fim, o frenesi dos ETFs de Bitcoin continua, com a SEC dos EUA lançou análise dos ETFs de Bitcoin à vista, incluindo consulta pública para os ETFs da VanEck, Wise Origin, WisdomTree, Invesco Galaxy, BlackRock e ARK 21Shares. Isto não significa que estes EFTs serão aprovados, mas é um passo adiante às insistentes negativas da SEC em aprovar o tipo de investimento.