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Mercado de tokens RWA tem dono: BlackRock, Fidelity e JPMorgan

Por Luciano Rodrigues
Foto: Dall-e 3

A tokenização de ativos do mundo real (RWA) tem ganhado destaque, com gigantes financeiros como BlackRock, Fidelity e JPMorgan liderando essa transformação. Esta tendência representa uma mudança significativa na indústria financeira, mostrando a crescente adoção da tecnologia blockchain para melhorar a eficiência e acessibilidade nos mercados de capitais.

Recentemente, a Fidelity International anunciou sua adesão à rede tokenizada da JPMorgan, marcando um marco importante. Segundo analistas da Kaiko, este movimento posiciona a Fidelity ao lado de outros grandes players no setor de tokenização. Esta colaboração destaca o crescente interesse em alavancar a blockchain para aplicações no mundo real.

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O fundo de liquidez tokenizado da BlackRock, chamado BUIDL, exemplifica essa tendência. Lançado em março, o BUIDL acumulou mais de US$ 460 milhões, superando várias empresas nativas de cripto, como a Maple Finance. Apesar da recuperação da Maple após o colapso dos empréstimos cripto em 2022, seu fundo de gestão de caixa possui apenas cerca de US$ 16 milhões em ativos, ressaltando o sucesso do BUIDL.

A atratividade da tecnologia blockchain reside em seu potencial para transformar os mercados de capitais. Maredith Hannon, Chefe de Desenvolvimento de Negócios da WisdomTree, enfatiza que a blockchain pode resolver desafios estruturais e desbloquear novas oportunidades de investimento. A capacidade da tecnologia de simplificar fluxos de trabalho e melhorar os tempos de liquidação é particularmente atraente.

Tokens RWA

Os contratos inteligentes são fundamentais para essa transformação, automatizando transações ao executar condições predefinidas sem intermediários. Esses contratos autoexecutáveis garantem transparência e eficiência, registrando ações em uma blockchain. Por exemplo, no empréstimo de títulos, contratos inteligentes podem automatizar operações, reduzir erros e criar credenciais de identidade padronizadas.

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“Os contratos inteligentes oferecem oportunidades para simplificar e sistematizar muitas transações que são multi-etapas ou manuais nos mercados financeiros tradicionais de hoje. Eles podem ser usados para compartilhamento de identidade e uso de credenciais entre empresas financeiras, eliminar o risco de contraparte e validar se um investidor pode manter um fundo de private equity específico com base em sua localização ou status de investidor,” escreveu Hannon.

Colaborações, como as entre Citi, Wellington e DTCC Digital Assets na Sub-rede Avalanche Spruce, demonstram as aplicações práticas dos contratos inteligentes. Essas iniciativas mostram como a tokenização pode aumentar a eficiência operacional e reduzir o risco de contraparte.

No entanto, a transição para a infraestrutura digital envolve desafios. Considerações legais, padrões de identidade e privacidade de dados requerem avaliação cuidadosa em colaboração com reguladores. A indústria de serviços financeiros deve trabalhar junta para construir uma infraestrutura de identidade que suporte a adoção mais ampla da tokenização, garantindo segurança e conformidade.

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Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.
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