Mineradores de Bitcoin se desfazem de 40% de seus BTC

Mineradores de Bitcoin se desfazem de 40% de seus BTC
Imagem: Dall-e
  • Mineradoras vendem 40% dos BTC e preocupam o mercado
  • Meliuz aposta forte no Bitcoin como ativo estratégico
  • Tarifas de Trump pressionam setor de mineração nos EUA

As mineradoras de Bitcoin listadas na bolsa venderam mais de 40% do BTC minerado em março, segundo dados da TheMinerMag.
Esse movimento marca a maior liquidação mensal desde outubro de 2024, em meio à escalada dos custos e à pressão do cenário macroeconômico.

Essas empresas abandonaram a tradicional estratégia de acumulação. Agora, elas priorizam a liquidez para cobrir despesas operacionais e proteger seus balanços em um ambiente instável. A decisão provocou uma queda de 2,3% no preço do Bitcoin em março, após uma correção anterior de 17,39% em fevereiro.

Tarifas de Trump e  usto de energia agravam a situação

As tarifas comerciais impostas pelos EUA, especialmente sob o governo Donald Trump, contribuíram para essa nova realidade no setor. Kristian Csepcsar, da Braiins, afirmou que produzir equipamentos nos EUA se tornou inviável, enquanto os custos de energia corroem a rentabilidade.

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Jaran Mellerud, CEO da Hashlabs, alertou que uma tarifa de 24% sobre hardwares de mineração pode tornar as operações nos EUA economicamente inviáveis.

Ele prevê que os fornecedores devem redirecionar os equipamentos para mercados como a Finlândia, onde as barreiras comerciais são menores.

Com isso, empresas estrangeiras devem ganhar terreno, enquanto mineradoras americanas lutam contra margens decrescentes.
Mellerud ressaltou no X que a indústria americana pode perder relevância se o cenário político e tarifário não mudar rapidamente.

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Enquanto uns vendem, outros acumulam BTC

Na contramão da tendência, a fintech brasileira Meliuz anunciou que pretende transformar o Bitcoin em seu principal ativo estratégico. A proposta será votada pelos acionistas em 6 de maio e pode posicionar a empresa como um dos principais players de BTC no país.

A Meliuz iniciou sua jornada no Bitcoin em março, ao comprar 45 BTC por cerca de US$ 4,1 milhões (R$ 24,1 milhões). A empresa vê no caixa operacional um meio de adquirir mais Bitcoin de forma contínua, reforçando sua posição no setor cripto.

Após o anúncio, as ações da Meliuz subiram mais de 14% em um único dia, saltando de R$ 3,28 para R$ 3,76. Em apenas cinco dias, os papéis valorizaram 29%, refletindo o otimismo do mercado com a nova estratégia.

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Ainda mais, segundo a Bitwise, empresas públicas aumentaram suas reservas de Bitcoin em 16,1% no primeiro trimestre de 2025, com mais de 95 mil BTC adquiridos.

Atualmente, essas empresas acumulam cerca de 688 mil BTC, mostrando que, mesmo em tempos de incerteza, o apetite institucional pela criptomoeda segue firme.

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Entusiasta de criptomoedas e tecnologia, comecei minha jornada com consoles no Nintendo 64. Sempre explorando novos gadgets e tecnologias inovadoras. Nos momentos livres, meu maior hobby é jogar futebol.
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