- Solana dispara 17% com short squeeze e forte pressão compradora.
- Baleias movimentam milhões e elevam riscos de realização de lucros.
- Analistas projetam Solana rumo a US$ 300 ainda em setembro.
A semana marcou um momento de destaque para a Solana (SOL). O ativo digital avançou 17% em sete dias, chegando a US$ 244, o maior nível em oito meses. Esse movimento recolocou a moeda no centro das atenções, impulsionado por liquidações forçadas de posições vendidas e por grandes movimentações de baleias em corretoras globais.
No gráfico diário, a Solana mostrou sinais de sobrecompra após o rali, mas os indicadores também apontam que o impulso ainda está presente. Isso abre espaço para realizações de lucro moderadas, ao mesmo tempo em que mantém a possibilidade de novas máximas.
O alerta mais notável veio de uma transferência de 520.479 SOL, equivalente a US$ 125 milhões, de uma carteira privada para a Coinbase. Movimentos desse porte costumam antecipar pressão de venda, principalmente quando o preço já alcança resistências importantes.
Além disso, baleias vinculadas à Binance realizaram vendas expressivas. Em apenas 24 horas, cerca de US$ 14 milhões em SOL foram despejados. Outras plataformas, como OKX e Coinbase, registraram saídas adicionais de US$ 11 milhões. Embora esses números representem apenas uma fração do volume total negociado, sugerem que grandes investidores estão reduzindo exposição após a valorização recente.
Ainda assim, analistas destacam que o efeito líquido dessas operações foi limitado. O mercado conseguiu absorver as ordens de venda sem grandes quedas, evidenciando a força da demanda pelo ativo.
Short squeeze amplia avanço da Solana
Outro fator crucial para explicar o rali foi o short squeeze. Na sexta-feira, os traders liquidaram US$ 49 milhões em posições vendidas, marcando a maior queda desse tipo em mais de seis meses. Essa liquidação forçada gerou uma pressão adicional de compra, empurrando a criptomoeda para cima em ritmo acelerado.
As taxas de financiamento despencaram no mesmo período, refletindo como as apostas de baixa se tornaram pesadas antes do rali. Com o interesse em aberto crescendo para US$ 16 bilhões, a movimentação desencadeou um efeito em cascata, ampliado pelos algoritmos das corretoras. O mapa de calor da Binance mostrou liquidações concentradas em US$ 244, com exposição ainda maior, cerca de US$ 143 milhões, em US$ 245.
Esse cenário fez com que muitos traders acreditassem em um potencial caminho até US$ 300, caso o impulso se mantenha.
Apesar da euforia, os riscos de correção permanecem claros. O mesmo mapa de liquidação identificou US$ 200 milhões em posições compradas vulneráveis, especialmente em torno do suporte de US$ 137. Se houver uma queda brusca, parte significativa dos ganhos recentes pode ser devolvida rapidamente.
Mesmo com esse risco, o mercado continua confiante na trajetória da Solana. O aumento da rotação de liquidez em direção à sua rede reforça a atratividade do ecossistema. Assim, a demanda institucional pode testar novas máximas em breve, desde que continue absorvendo a pressão de venda das baleias.
Por ora, o equilíbrio entre pressão de venda estratégica e liquidações forçadas coloca a Solana como um dos ativos mais observados do mercado, com traders atentos tanto a oportunidades de alta quanto a potenciais armadilhas de liquidez.