A corretora de Bitcoin Mt. Gox, que faliu em 2014 após um dos maiores hacks do setor de criptomoedas, movimentou recentemente 500 BTC, equivalentes a cerca de US$ 35 milhões, para duas carteiras não identificadas.
A transferência ocorreu em 1º de novembro e foi divulgada pela Arkham Intelligence, plataforma de monitoramento blockchain. Essa transação marcou a primeira grande movimentação de fundos pela Mt. Gox desde agosto, e ainda não está claro se ela está relacionada ao plano de reembolso dos credores.
Ainda há 44.905 BTC, avaliados em cerca de US$ 3,1 bilhões, depositados em endereços sinalizados pela Mt. Gox, de acordo com a Arkham.
Reestruturação e atrasos no processo de compensação dos credores
Desde seu colapso, a Mt. Gox passou por um longo processo de reabilitação para compensar seus credores, muitos dos quais ainda aguardam o pagamento de suas reivindicações.
Em outubro deste ano, a plataforma adiou novamente o prazo para os reembolsos, estabelecendo uma nova data para 31 de outubro de 2025.
Segundo o administrador judicial da Mt. Gox, diversos credores não completaram os procedimentos necessários para receber os pagamentos, além de problemas sistêmicos que causaram duplicidade em alguns depósitos, o que exigiu um pedido formal para a devolução dos fundos pagos em excesso.
Efeitos no mercado e preocupações dos investidores
A recente movimentação de Bitcoin da Mt. Gox gerou inquietação no mercado, pois muitos temem que a liquidação dos ativos restantes possa afetar o preço do BTC.
Atualmente, a Mt. Gox ainda detém cerca de 44.905 BTC em carteiras vinculadas, avaliados em aproximadamente US$ 3,1 bilhões.
Embora o Bitcoin tenha registrado uma correção recente de 5,5%, caindo abaixo de US$ 69.000, a Arkham Intelligence informou que a queda foi anterior à transferência e, portanto, é improvável que a movimentação tenha sido responsável pela variação no preço.