- Ouro supera US$ 4.150 e renova recordes em 2025
- Criptomoedas lastreadas em ouro ganham força entre investidores
- Tokens digitais unem segurança do ouro e agilidade do DeFi
O ouro voltou a dominar as atenções dos investidores em 2025. O metal precioso, conhecido por sua estabilidade em tempos de incerteza, alcançou sucessivas máximas históricas, impulsionado pela desaceleração econômica global e pelas expectativas de cortes de juros nos Estados Unidos. Nesta terça-feira (14), o ouro atingiu US$ 4.160 por onça troy, consolidando uma alta de mais de 55% no ano e quebrando mais de vinte recordes consecutivos.
Os números refletem o enfraquecimento do dólar e o aumento da demanda por ativos de proteção. Bancos centrais de diversos países continuam comprando o metal em ritmo acelerado, buscando reduzir a dependência da moeda americana. Ao mesmo tempo, a tensão entre EUA e China, agravada por novas tarifas e disputas comerciais, reforça o movimento de fuga para a segurança e eleva o preço do ouro nos mercados globais.
Investidores redescobrem o ouro em nova era digital
A busca por proteção levou o ouro a um novo patamar de relevância. Mas, ao contrário do que muitos pensam, investir no metal não significa mais guardar barras ou comprar fundos tradicionais. O mercado digital abriu espaço para as criptomoedas lastreadas em ouro, conhecidas como gold-backed tokens.
Esses tokens representam frações de ouro físico armazenadas em cofres de instituições confiáveis. As unidades mais conhecidas, PAX Gold (PAXG) e Tether Gold (XAUT) possuem lastro direto em ouro, garantindo que cada token corresponda a uma onça troy do metal real. Assim, investidores podem negociar ouro 24 horas por dia, em qualquer lugar do mundo, sem intermediários nem custos de custódia.
Além disso, esses ativos digitais se integram a plataformas DeFi (Finanças Descentralizadas), onde podem ser usados como garantia para empréstimos, aplicações de rendimento ou operações de poupança. Isso amplia as possibilidades de investimento e traz liquidez imediata a um mercado antes dominado por processos lentos e burocráticos.
Eficiência, transparência e novos riscos
As vantagens são claras. As criptomoedas atreladas ao ouro reduzem taxas, eliminam intermediários e aumentam a transparência. Emissoras desses tokens publicam auditorias independentes que comprovam o volume de ouro guardado, permitindo que qualquer investidor verifique a proporção entre os tokens em circulação e as reservas físicas correspondentes.
Contudo, o modelo não está livre de riscos. Falhas operacionais, ataques cibernéticos e problemas de custódia ainda são desafios reais. Além disso, a falta de regulamentação uniforme entre os países pode dificultar a proteção jurídica do investidor. É essencial avaliar a reputação da empresa emissora e verificar se ela publica relatórios auditados com regularidade.
Mesmo assim, a tendência é clara, o ouro físico e o ouro digital passam a coexistir como alternativas complementares. O investidor que busca diversificar sua carteira encontra nos tokens uma opção moderna para aproveitar a força do metal mais cobiçado do planeta.