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País 6 vezes menor que São Paulo tem mais de 13 mil Bitcoins e não planeja vender nenhum

Por Luciano Rodrigues
Foto: Dall-e 3

O pequeno Reino do Butão, localizado no Himalaia e com uma área de aproximadamente 38.394 km² – o que o torna mais de seis vezes menor que o estado de São Paulo –, surpreende o mundo ao revelar que possui uma das maiores reservas governamentais de Bitcoin (BTC).

Segundo informações da empresa de análise on-chain Arkham Intelligence, o Butão detém 13.011 Bitcoins, avaliados em cerca de US$ 780,5 milhões.

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Ao contrário de outros países que adquiriram suas reservas de criptomoedas por meio de apreensões em operações de combate ao crime, o Butão se destacou por sua abordagem inovadora e sustentável.

O governo, através de sua empresa de investimento estatal, a Druk Holding, tem investido massivamente na mineração de Bitcoin. Este processo, que começou a se intensificar em 2023, tornou o Butão o 4º maior governo do mundo em termos de posse de Bitcoins, segundo a Arkham.

O que torna o caso do Butão ainda mais notável é seu compromisso com a sustentabilidade. Em parceria com a Bitdeer, o país desenvolveu uma operação de mineração de Bitcoin completamente livre de carbono.

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Utilizando seus abundantes recursos de energia hidrelétrica, o Butão conseguiu expandir sua capacidade de mineração de 100 para 600 megawatts, fazendo com que a mineração de Bitcoin no país seja tanto lucrativa quanto sustentável, sem causar impactos ambientais significativos.

Essa abordagem inovadora coloca o Butão em destaque no cenário global, não apenas pelo tamanho de suas reservas, mas pela forma como está integrando a tecnologia blockchain com práticas sustentáveis. O uso de energia renovável para alimentar as operações de mineração de criptomoedas no país é um exemplo de como o setor pode evoluir para um modelo mais responsável e ambientalmente consciente.

A confiança do Butão no futuro do Bitcoin

Apesar das grandes oscilações no valor do Bitcoin e da incerteza que ronda o mercado de criptomoedas, o governo do Butão deixou claro que não pretende vender seus Bitcoins no curto prazo. O país, que tradicionalmente é visto como discreto em relação a seus ativos financeiros, demonstrou confiança na longevidade e no valor de longo prazo do BTC.

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Esse acúmulo de Bitcoins reforça a adaptação do Butão ao cenário digital global. A decisão de manter os ativos sugere que o país enxerga o Bitcoin não apenas como uma forma de diversificação de suas reservas, mas também como uma estratégia para se posicionar em um mundo onde as criptomoedas estão ganhando cada vez mais relevância.

Com essa revelação, o Butão se junta a outros governos que também têm explorado a adoção de criptomoedas. No entanto, a abordagem do país se destaca pela sua ênfase na mineração sustentável, algo que poderia servir de exemplo para outras nações que buscam adotar as criptomoedas sem comprometer seus compromissos ambientais.

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Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.
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