- Mercado cripto perde US$ 60 bilhões em apenas uma hora
- Bitcoin luta para manter suporte crucial em US$ 120 mil
- Analistas apontam consolidação, não pânico, após forte correção
O mercado de criptomoedas viveu uma tarde de pura tensão em 7 de outubro, quando US$ 60 bilhões evaporaram em apenas uma hora. A súbita queda pegou até os analistas mais experientes de surpresa e levantou dúvidas sobre o fôlego da recente alta do Bitcoin e das altcoins.
De acordo com a CoinMarketCap, a capitalização global despencou de US$ 4,30 trilhões para US$ 4,24 trilhões, um movimento rápido e intenso. O Bitcoin puxou a correção: depois de tocar US$ 126 mil, caiu para US$ 122.997, apagando US$ 40 bilhões de seu valor de mercado.
Outras grandes criptos seguiram o mesmo caminho. Ethereum (ETH), Solana (SOL) e XRP recuaram, confirmando a onda de liquidações. Além disso, a única exceção foi o BNB, que avançou 7% nas últimas 24 horas, beneficiado pela rotação para tokens nativos de exchanges, uma tendência que vem ganhando força em meio à busca por ativos com maior respaldo regulatório.
Realização de lucros e resistência técnica em foco
O movimento de correção acontece depois de semanas de recuperação contínua, nas quais o Bitcoin subiu quase 20% desde o fim de setembro. Porém, segundo os analistas, a queda reflete uma rodada de realização de lucros e reposicionamento das baleias, que reduziram exposição após a criptomoeda falhar diversas vezes em romper a resistência entre US$ 125 mil e US$ 126 mil.
Tecnicamente, um fechamento abaixo de US$ 121 mil pode abrir espaço para quedas até US$ 117 mil, nível onde os dados on-chain indicam uma forte zona de suporte. Estima-se que 190 mil BTC trocaram de mãos nessa faixa de preço, o que pode limitar a pressão vendedora.
Consolidação ou alerta vermelho?
Apesar do susto, os especialistas não veem pânico generalizado. O mercado de derivativos mostra que a retração parece mais uma consolidação natural do que uma capitulação. Além disso, O interesse em aberto nos principais futuros de Bitcoin caiu apenas 4,36% na semana, permanecendo em torno de US$ 2,9 bilhões.
Enquanto isso, os ETFs de Bitcoin à vista seguem fortes. Fundos dos EUA captaram US$ 1,21 bilhão em 6 de outubro, liderados pelo IBIT da BlackRock, o maior e mais influente fundo cripto global.
Agora, os traders observam atentamente se o Bitcoin conseguirá defender o suporte de US$ 120 mil, nível considerado psicologicamente vital antes da divulgação das atas do FOMC, que podem alterar o humor dos investidores globais.
A incerteza persiste, mas uma coisa é certa: o mercado das criptos voltou a lembrar que, em tempos de alta, a volatilidade nunca tira folga.