O PayPal, em colaboração com a Energy Web e a DMG Blockchain Solutions, anunciou uma iniciativa voltada para incentivar mineradores de Bitcoin a adotarem fontes de energia limpa em suas operações. A ideia é reduzir o impacto ambiental associado à mineração de criptomoedas.
De acordo com informações publicadas pelo PayPal, a iniciativa visa desenvolver e testar um mecanismo de incentivo cripto-ecônomico. Este mecanismo premiará mineradores que adotarem fontes de energia de baixo carbono em suas atividades de mineração.
Um relatório apresentado pelo PayPal destacou que o índice Cambridge Bitcoin Electricity Consumption estimou que a mineração de Bitcoin gerou 85 milhões de toneladas métricas de emissões de dióxido de carbono anualmente até 2 de abril de 2024. Apesar da pegada ambiental, o PayPal acredita que o Bitcoin não abandonará seu mecanismo de consenso de Prova de Trabalho no futuro próximo. Portanto, é preciso focar na mineração sustentável.
PayPal busca fomentar mineração sustentável de Bitcoin
Nesse sentido, a Energy Web desenvolveu uma plataforma de validação de energia limpa que emite “chaves verdes” para mineradores que utilizam fontes de energia de baixo carbono. Essa certificação permitirá o envio de transações em blockchain preferencialmente para esses mineradores, incentivando a adoção de energia limpa.
“Transações on-chain são preferencialmente roteadas para mineradores verdes, sendo transmitidas com taxas de transação baixas, mas com alguma recompensa BTC ‘bloqueada’ em um endereço de pagamento multisig”, explicou o PayPal.
O PayPal já testou a iniciativa em conjunto com a DMG. Durante esses testes, transações de baixo carbono foram para a mempool do Bitcoin. Então, observou-se que mineradores regulares demoraram ou desistiram de validar essas transações. A DMG conseguiu validar uma transação que incluía uma recompensa para detentores de chaves verdes.
O projeto recebeu atenção positiva, refletindo no desempenho do token EWT da Energy Web. O token teve um aumento de 16,3% nas últimas 24 horas, de acordo com dados da CoinGecko.
A iniciativa surge em um momento em que o consumo de energia das redes Proof of Work, como a do Bitcoin, tem sido motivo de preocupação global. O consumo de energia da rede Bitcoin compara-se ao de países como Dinamarca, Chile e Argentina juntos. E isso tem gerado críticas de políticos e líderes empresariais globais.